Nesta quarta (28) e quinta-feira (29), o Auditório Alexandre Rodrigues Ferreira, no Parque Zoobotânico, recebe o evento dedicado às discussões sobre a diversidade linguística do país. Só em relação às línguas indígenas do Brasil, estima-se que cerca de 150 correm o risco de desaparecer e a maioria delas está na Amazônia.
Com o objetivo de estimular a reflexão e o diálogo sobre a diversidade linguística brasileira no âmbito do patrimônio cultural do Norte, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) promove o seminário “Diversidade Linguística e Patrimônio Cultural”, durante os dias 28 e 29 de novembro, no Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG).
Durante o seminário haverá a apresentação de painéis de projetos, experiências de inventários e políticas linguísticas que o IPHAN tem acompanhado e fomentado por meio do Decreto nº 7.387/2010, que instituiu o Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL), instrumento oficial de identificação, documentação, reconhecimento e valorização das línguas faladas pelos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira.
O seminário é gratuito e as inscrições são limitadas. Para mais detalhes, acesse a programação completa.
Linguística – Os linguistas Ana Vilacy e Hein van der Voort, da Coordenação de Ciências Humanas do Museu Goeldi, vão participar do evento apresentando um levantamento do patrimônio linguístico de Rondônia. Com a participação de André Jaboti, indígena colaborador dos estudos, os pesquisadores irão exibir os resultados do projeto realizado pelo MPEG em parceria com o IPHAN. Trata-se do primeiro grande projeto de levantamento sociolinguístico a nível regional, no qual foram verificadas 26 línguas indígenas em Rondônia, o que representa cerca de 14% do total das faladas no país.
O Museu Goeldi lidera os estudos de linguística na Amazônia, com um acervo de registros audiovisuais de falas, cantos e outras formas de expressão linguística e cultural de 80 povos indígenas. Ao longo de mais de cinco décadas de sua Reserva Técnica de Linguística, a instituição tem privilegiado a pesquisa de campo, a descrição e a documentação como linhas de atuação.
Além de documentar as línguas, os pesquisadores do Goeldi organizam gramáticas, dicionários e coletâneas de textos, o que contribui para a preservação do universo cultural e possibilita que as novas gerações também o conheçam.
Serviço | Seminário “Diversidade Linguística e Patrimônio Cultural”
Data: 28 e 29 de novembro
Local: Auditório Alexandre Rodrigues Ferreira, no Parque Zoobotânico do Museu Emílio Goeldi
Agência Museu Goeldi – Notícias
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