O Primeiro Diagnóstico Brasileiro de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos é o mais completo já produzido no País.

O Sumário para Tomadores de Decisão tem o objetivo de apoiar a tomada de decisão nas esferas pública e privada. O documento faz parte do Primeiro Diagnóstico Brasileiro sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos, o mais completo levantamento sobre a temática já realizado no Brasil – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens.

A Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES, na sigla em inglês) lançou nesta quinta-feira (8), no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, o Sumário para Tomadores de Decisão do Primeiro Diagnóstico Brasileiro sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos. O sumário tem o objetivo de apoiar a tomada de decisão nas esferas pública e privada e traz os principais resultados consolidados no Primeiro Diagnóstico, o mais completo levantamento sobre a temática já realizado no Brasil. O documento revela por que a conservação e o uso sustentável dos ativos ambientais do País devem ser elementos centrais, transversais e estratégicos – e não apêndices ou obstáculos – no projeto nacional de desenvolvimento socioeconômico.

Os serviços ecossistêmicos são os benefícios proporcionados pela natureza que sustentam a vida no planeta, como água limpa, ar puro, alimentos, regulação do clima e proteção contra desastres naturais, energia, polinização, lazer e até bens culturais e valores emocionais. Por isso, o impacto da perda de biodiversidade para a qualidade de vida é grande, assim como o desafio premente de mostrar para a sociedade a importância desses serviços prestados pelos sistemas naturais para o ser humano.

A coordenação geral do projeto é do pesquisador Carlos Joly, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e Fabio Scarano, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Entre os pesquisadores da USP, estão Jean Paul Metzer, do Instituto de Biociências (IB), no capítulo sobre Tendências e impactos dos vetores de degradação e restauração da biodiversidade e serviços ecossistêmicos, Manuela Carneiro da Cunha, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), e Cristina Adams, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), no capítulo Natureza e qualidade de vida.

O biólogo Carlos Joly conta que o documento reforça os resultados que vêm sendo apontados desde 2005 pela Avaliação Ecossistêmica do Milênio, primeira análise da saúde dos ecossistemas do planeta e sua relação com o bem-estar humano. “Ali ficou claro que eram as atividades humanas, principalmente a mudança no uso da terra e as mudanças climáticas, os principais vetores de perda de biodiversidade, seja por perda de habitat, por poluição ou por demanda de exploração. E a realização do Primeiro Diagnóstico Brasileiro de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos confirmou que esse cenário também é uma realidade no Brasil e que vem se acentuando de uma forma bastante rápida, talvez porque sejamos justamente o país com a maior biodiversidade do planeta”, explica.

A Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES, na sigla em inglês) foi criada em 2015 e congrega um grupo independente formado por cerca de 120 autores, dentre professores universitários, pesquisadores, gestores ambientais e/ou tomadores de decisão – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

Sobre a BPBES

A Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos é uma iniciativa criada em 2015 que congrega um grupo independente formado por cerca de 120 autores, dentre professores universitários, pesquisadores, gestores ambientais e/ou tomadores de decisão. Seu objetivo é produzir sínteses do melhor conhecimento disponível pela ciência acadêmica e pelos saberes tradicionais sobre as temáticas da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos e suas relações com o bem-estar humano, com foco nos biomas continentais do Brasil (Amazônia, Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado, Pantanal, Campos Sulinos) e no costeiro-marinho.

A BPBES promove reuniões setoriais de trabalho com grupos de interesses variados – como representantes do governo federal, organizações não governamentais, empresas, etnias indígenas e jornalistas – com o intuito de compartilhar os principais resultados, debater e ouvir críticas e sugestões.

A iniciativa é inspirada na Plataforma Intergovernamental de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES) da Organização das Nações Unidas (ONU), criada em 2012 e que funciona como o “IPCC da Biodiversidade”. A BPBES tem o apoio financeiro, em nível federal, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação (MCTIC), por meio do Sistema Brasileiro de Informações sobre Biodiversidade e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e, em nível estadual, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) por meio do Programa Biota.

A Plataforma conta com o apoio institucional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS). Conheça mais sobre a Plataforma neste link.

Da Assessoria de Comunicação da Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos

Mais informações: (31) 3223-5948 / (31) 99872-5948 (WhatsApp), com Isabela Santos, da Comunicação da BPBES; e-mails [email protected] ou [email protected]

FONTE: Jornal da USP  – Por – Editorias: Ciências Biológicas, Ciências Ambientais – URL Curta: jornal.usp.br/?p=208313