Comunidades ribeirinhas, rurais e indígenas dos estados do Amazonas e do Acre recebem a última etapa da Operação Gota 2018. A ação visa garantir a populações isoladas da Região Norte o acesso a vacinas contra doenças imunopreveníveis como sarampo, febre amarela e meningite.

Operação Gota garante a populações isoladas da Região Norte o acesso a vacinas

A iniciativa é coordenada pelo Ministério da Saúde e conta com o apoio da Força Aérea Brasileira (FAB) para o deslocamento das equipes de saúde e no transporte de vacinas aos locais onde é difícil chegar por outro meio de locomoção. As vacinas integram o Programa Nacional de Imunizações (PNI).

A realização da Operação Gota conta ainda com as parcerias das secretarias estaduais e municipais de Saúde e dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) das localidades envolvidas para a realização das atividades de imunização.

As comunidades que estão na programação para receber as vacinas situam-se nos municípios de Lábrea (AM), com período de imunizações até 12 de dezembro; Rio Branco (AC) e Boca do Acre, de 3 a 12 de dezembro; e Cruzeiro do Sul (AC), de 7 a 19 de dezembro.

Por meio da Operação Gota, crianças, adolescentes, adultos e idosos podem atualizar as vacinas previstas tanto no Calendário Nacional de Vacinação quanto no Calendário Básico de Vacinação Indígena.

O coronel da Subchefia de Operações do Ministério da Defesa, Juraci Muniz de Santana, destaca que além da dificuldade de deslocamento, a ação exige atenção especial para conservação do medicamento. “Para o transporte dessas vacinas, há um procedimento diferenciado em função da conservação das mesmas”, explicou.

A vacinação em comunidades isoladas ocorre com o apoio de aviões da Aeronáutica

Cerca de 400 militares são envolvidos na tarefa. Eles voam uma média de 600 horas e empregam mais de 30 aeronaves. Até o término da missão, cerca de 12,5 mil doses devem chegar às comunidades amazônicas.

A Operação Gota teve início em 1993, após a informação de surtos de sarampo em populações indígenas nas regiões do Purus, Juruá e Solimões. Em 2017, a iniciativa possibilitou a aplicação de 14 mil doses de vacinas que beneficiaram mais de 9 mil pessoas de comunidades da Amazônia.

Por Lane Barreto
Fotos: Arquivo MD/major Sylvia Martins

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