Sistemas Agroflorestais serão implantados no início do próximo ciclo chuvoso.
A Floresta Nacional do Tapirapé – Aquiri avança no desenvolvimento de ações do agroextrativismo. O primeiro semestre foi marcado por um intenso ciclo de capacitações realizadas junto aos beneficiados e à equipe de profissionais da unidade, além das instituições parceiras que prestam assistência técnica mensal nas propriedades atendidas. Durante o segundo semestre, tem sido realizadas as etapas de preparo de sementes nos campos de multiplicação, mecanização agrícola, capacitações diversas e intercâmbio de conhecimentos sobre os Sistemas Agroflorestais, que serão implantados no início do próximo ciclo chuvoso.
Entre os incentivos técnicos, operacionais e de sensibilização ofertados, destaca–se o intercâmbio realizado no município de Tomé – Açu, referência nacional em sistemas agroflorestais, no período de 2 a 5 de outubro. Na ocasião, diante da participação de cerca de 30 pessoas, entre agricultores, conselheiros da unidade, parceiros e voluntários, foram realizadas visitas técnicas em propriedades com diferentes estágios de SAFs, além de associações de pequenos agricultores familiares, micro industrias e agroindústria de grande porte, visando a troca de experiências, estimulo e a motivação necessária para a adesão as práticas sustentáveis de produção rural.
Com suporte da Embrapa, além de representantes da colônia japonesa como de Michinore Konagano na região, foram ofertados minicursos voltados para adubação orgânica, defensivos naturais, compostagem, técnicas de podas, enxertia, tratos culturais, entre outros. Além de rodas de diálogo, com uma rica troca de experiências, que subsidiarão a melhoria dos processos realizados até então.
Para José Romão, agricultor atendido pelo projeto no entorno da Flona do Tapirapé – Aquiri, em São Félix do Xingú, a oportunidade serviu como alicerce fundamental em seu entendimento quanto ao consorciamento de culturas, além de afirmar a disponibilidade do ICMBio enquanto órgão gestor em se colocar como parceiro da comunidade local, visando seu desenvolvimento socioeconômico saudável. Já o agricultor José Divino, do entorno da Reserva Biológica do Tapirapé em Marabá, registra que a experiência tratou de algo único e especial, a qual estará levando para multiplicação na comunidade em que vive. O gestor da APA do Igarapé Gelado Vitor Garcia destaca “a agregação de valor ao público envolvido mediante o elevado ganho de conhecimentos”.
A atividade contou com uma complexa logística de transporte, alimentação, hospedagem, instrutores, com recursos financeiros da Salobo Metais, fruto da compensação ambiental
André Macedo, gestor da Flona, avalia que a atividade foi de grande importância por permitir que os agricultores da entorno do mosaico de Carajás conhecessem as ótimas experiências de Sistemas Agroflorestais desenvolvidos pelas famílias camponesas de Tomé Açu. “O diálogo direto de agricultor para agricultor reforça a confiança e a adesão as práticas agroecológicas difundidas pelo Programa de Agroextrativismo da Flona do Tapirapé – Aquiri”, diz Macedo.
Entre as ações previstas a partir de então destaca–se a realização de dias de campo, plantio das culturas anuais biofortificadas e implantação dos SAFS, inicialmente com o consorcio de açaí com cacau ou cupuaçu, banana, essências florestais, entre outros, além de curso de cooperativismo/associativismo de forma a fortalecer a organização social das comunidades envolvidas.
Comunicação ICMBio
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