A Polícia Federal, em Roraima, deflagrou a Operação Tori, de combate ao garimpo ilegal em terras indígenas Ianomâmi e em reservas ambientais no estado. 

Foram cumpridos 17 mandados de prisão preventiva, 12 de prisão temporária e 48 mandados de busca e apreensão em diversos municípios. 

Os alvos foram proprietários de maquinário, aviões e receptadores de ouro envolvidos com a logística do garimpo ilegal da região.

Segundo informações da Polícia Federal, após mais de um ano de investigação, os agentes identificaram os responsáveis pelos envios de suprimentos e do transporte de garimpeiros para as regiões de exploração de minério.

O esquema funcionava da seguinte forma: os garimpeiros faziam as demandas aos fornecedores por centrais clandestinas de rádio. O carregamento que seguia para o garimpo ocorria em pistas de voo irregulares. Na volta, os aviões traziam o ouro ilegal.

Parte do ouro era comprada por empresas de Roraima, e parte era escoada para outros estados.

Durante a ação, a Justiça determinou a destruição de duas pistas clandestinas de pouso, a suspensão da atividade econômica de três estabelecimentos comerciais, a suspensão da licença de voo de vários pilotos e a autorização para a apreensão de 18 aeronaves.

O nome da Operação – TORI – significa carrapato no idioma Ianomâmi, em alusão à forma como os garimpeiros se fixam na terra indígena e sugam suas riquezas.

Graziele Bezerra

FONTE: EBC  Geral, Notícias