Dom Erwin Krautler, coordenador da Rede Eclesial Pan-amazônica no Brasil defende Igreja missionária que anuncie, testemunhe, sirva e dialogue também com quem pensa em modo diferente. 

 

“Uma Igreja de pé no chão, que seja inserida na realidade de seu povo, que busque e encontre o povo exatamente onde vive, com suas angústias e alegrias”.

Este é o modelo de Igreja missionária que leva a Boa Nova do Evangelho à Amazônia, segundo o Coordenador da Rede Eclesial Pan-amazônica no Brasil, Dom Erwin Krautler, bispo emérito do Xingu.

Ao lado do povo na luta por dias melhores

Lá, aonde a realidades é muitas vezes comprometedora, feita de ameaças aos povos indígenas, onde está a Igreja?

A Igreja deve estar ao lado daquelas pessoas que realmente precisam de nosso convívio, da nossa ajuda, de nossa ação em seu favor e não apenas de nosso empenho.

Pé no chão significa ‘estou ao lado do povo em sua luta por dias melhores’.

Anúncio, testemunho, serviço e diálogo

Como consta no Documento Preparatório para o Sínodo Pan-amazônico, requer-se dos missionários “uma espiritualidade de comunhão, para aprender juntos a acompanhar as pessoas, escutando suas estórias, participando de seus projetos de vida, partilhando sua espiritualidade e assumindo suas lutas.

Neste sentido, para Dom Erwin, a evangelização deve ter quatro dimensões:

– o anúncio da Boa Nova da misericórdia, do amor, da fraternidade e da sororidade;
– o testemunho, que é muito mais do que simples palavras;
– o serviço, abnegado e generoso como o de Jesus, que manifestou o amago de sua mensagem quando se ajoelhou para lavar os pés;
– o diálogo, que pressupõe o respeito das diferenças e da opinião de quem pensa diferente de nós.

(Texto: Vatican News/Cristiane Murray – Cidade do Vaticano)

Ouça a entrevista ao Vatican News:  Dom Erwin Krautler e a sua Igreja de ‘pé no chão’ – Vatican News 

FONTE: CNBB

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