Cientistas, caciques, xamãs, curandeiros de 45 países reunidos pela preservação da cultura e meio ambiente.
Cacique Raoni é uma das principais lideranças índigenas do Brasil – Crédito: Reprodução – Funai
Durante quatro dias, a cultura artística e alimentar, a medicina e os direitos dos povos indígenas e populações tradicionais, aliados ao uso sustentável da biodiversidade de todo o planeta, estarão em pauta, na capital paraense.
Do dia 7 a 10 de agosto, será realizado o Belém+30, evento que vai ocorrer no Hangar Centro de Convenções da Amazônia e vai reunir cerca de 1.600 representantes dos povos indígenas de várias etnias, quilombolas e outras comunidades tradicionais, pesquisadores nacionais internacionais, representantes de ONGs, agências de governos e ativistas de mais de 45 países e de todas as regiões do Brasil.
O Belém +30 é promovido pela Sociedade Internacional de Etnobiologia (ISE) e Sociedade Brasileira de Etnobiologia e Etnoecologia (SBEE). Em Belém, a organização é da Universidade Federal do Pará (UFPA), Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), em parceria com diversas outras instituições de ensino e pesquisa do Brasil.
Ciência e tradição no maior encontro de Sociobiodiversidade do planeta
O cacique Raoni Metuktire, uma das principais lideranças indígenas brasileiras, reconhecido internacionalmente pela luta pelo meio ambiente e dos povos da floresta será um dos debatedores do Belém + 30.
O evento ocorre, após 30 anos depois de sua realização no Brasil. Também contará com várias lideranças dos povos tradicionais, como Inaye Guarani, professora indígena e liderança do povo Kaiowa, no sul do Estado do Mato Grosso.
Verna Pepeyla Miller, presidente da Sociedade Internacional de Etnobiologia (ISE); Ghillean Tolmie Prance, um dos maiores especialistas em botânica – o britânico foi diretor dos Jardins Botânicos Reais de Kew em Londres -, e durante oito anos liderou expedições botânicas à Amazônia; são outros nomes importantes que estarão em Belém para o encontro, entre outros.
Internamente, ocorrerá o XVI Congresso Internacional de Etnobiologia, o XII Simpósio Brasileiro de Etnobiologia e Etnoecologia, a IX Feira Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação e, também, a I Feira Mundial da Sociebiodiversidade. A organização contará com mais de 200 expositores na feira, que tem a expectativa de reunir mais de sete mil pessoas no local.
Crianças de todos os povos e etnias que estarão presentes no Belém+30. Paralelamente à programação do evento, os Zitinhos farão suas trocas de saberes e fazeres.
Será um momento de descontração e aprendizagem mútuas, facilitadas por graduandos de diversos cursos e artistas do Pará, coordenados pelo Grupo de Estudos Socioambientais Costeiros (ESAC).
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