Operação do Ibama realizada em conjunto com o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) para combater fraudes em autorizações de supressão de vegetação nativa resultou até o momento na aplicação de 41 autos de infração, que totalizam cerca de R$ 9 milhões.
As irregularidades identificadas durante a investigação provocaram o desmate de 7 mil hectares em Querência (MT) e Ribeirão Cascalheira (MT).
Entre os autuados estão engenheiros, responsáveis técnicos e proprietários rurais. O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) do estado foi informado sobre as irregularidades e deverá apurar a conduta dos profissionais autuados.
A principal modalidade de fraude constatada pelos agentes do Ibama foi a elaboração de relatório de tipologia falso. Os documentos apresentados ao órgão ambiental classificavam a vegetação a ser suprimida como Cerrado, mas após vistoria foi constatado que as propriedades rurais alvo da operação abrigavam espécies do bioma Amazônia.
De acordo com a Lei 12.651, na Amazônia Legal, a área de vegetação nativa a ser mantida como Reserva Legal em florestas corresponde a 80%, e no Cerrado, 35%. Na prática, a classificação falsa apresentada nos relatórios permitia aos infratores desmatar áreas maiores que as permitidas pela legislação.
O Ibama iniciou a segunda fase da operação a partir de indícios de 1.611 hectares desmatados com documentação fraudada.
Foto: MPMT
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