Na prática o colecionismo pode ser um dom, técnica, arte, capricho, mania, em fim é o ato de obter, guardar, trocar, restaurar, organizar, selecionar, expor, uma série de itens que agradem individualmente de acordo com os interesses pessoais ou de um grupo.
Quase todos nós colecionamos algo, uns muito, outros nem tanto, moedas, gibis, selos, miniaturas de carrinhos, livros raros, cédulas, figurinhas de futebol, até latas de cerveja vazias, carros novos ou antigos, bicicletas, postais, objetos de decoração, aparelhos de jantar ou apenas pratos, sempre guardados por alguma motivação.
Você está em depressão? Tem falta ou excesso de tempo? Sente necessidade de se organizar ? Gosta de recordar o passado? Quer ajudar a preservar a história? Pensa em investir financeiramente? Tem vontade de tornar-se mais social e conhecer novas pessoas? Adora estudar história, geografia, artes, esportes, personalidades? Caso você se identifique com uma ou mais destas questões está na hora de se tornar um colecionador, escolha um ou vários temas e mãos à obra.!!.
A aquisição exagerada de mais itens para uma coleção, o seu acúmulo e a não a organização de suas coleções, são indicadores do denominado transtorno de acumulação, que daria o foco no prazer do indivíduo não na coleção em si, mas sim na excitação da busca, da conquista, do desejo de ter, da ganância e vaidade.
O colecionador tradicional deve ser um estudioso e conhecedor, que escolhe com cuidado as peças que venham a fazer parte de sua coleção, garimpando em leilões e bazares. já o neófito na sua ânsia de colecionar rapidamente sem ter o grande prazer da procura e do achar, é explorado comercialmente quando adquire e tem o prazer de ter uma “coleção completa” ou ainda declarar por exemplo seu número de posses, bradando “tenho 20.000 peças em minha coleção”, este não vai ser um colecionador, mas sim um “juntador”.
Podemos ter ainda neste meio do colecionismo casos patológicos quando o indivíduo não tem um claro entendimento e nenhum controle sobre o seu comportamento de colecionar objetos ou quando vem desenvolver a cleptomania como fonte para os objetos que coleciona.
Quando uma coleção passa a ocupar um tempo exagerado nas atividades do dia a dia do colecionador ou tomar o seu espaço físico, esta começa a deixar de ser prazerosa e o interesse pelos objetos começa a diminuir.
De um modo geral podemos concluir que o colecionismo é uma atividade lúdica e cultural benigna à saúde do colecionador, aumentando o seu grau de cultura, organização, memorização, relacionamento social e se tornando um excelente meio de higiene mental. A coleção é um hobby, que muitos desejam ter e não fazem, por falta de tempo, conhecimento ou nenhum interesse em particular. Num mundo onde estresse e depressão são cada vez mais comuns nas clínicas de aconselhamento psicológico, confirmando que a pessoa ter um hobby pode ser uma eficiente válvula de escape para as tensões cotidianas.
Por: Jaime de Agostinho (*)
(*) Professor Dr. da Universidade Federal de Roraima
Presidente da Ecoamazônia – Fundação para o Ecodesenvolvimento da Amazônia
Membro do Clube dos Colecionadores de Roraima
Clube dos Colecionadores de Roraima
Reuniões aos sábados das 10:00 Hs às 12:00 Hs
Aberto a colecionadores de qualquer tema e também para quem quer se tornar colecionador.
Sede da União Operária ( UFRR) – Av. Nossa Senhora da Consolata, 565 Centro Boa Vista RR
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