Encerrou nessa quarta-feira (9) o V Seminário Internacional de Turismo em Áreas Protegidas da Amazônia e o I Encontro de Boas Práticas em Turismo de Base Comunitária, eventos organizados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no Acre, e que contou com participação da Fundação Nacional do Índio.
Durante os três dias de duração dos eventos, foi discutida a importância e potencial do Turismo de Base Comunitária (TBC) na Amazônia, promoveu-se a integração entre comunidades tradicionais e operadores de turismo e estimulou-se o desenvolvimento de atividades turísticas em áreas protegidas a partir de debates e apresentações de iniciativas bem sucedidas no Brasil e no mundo, principalmente em florestas tropicais.
José Augusto Lopes, Coordenador de Geração de Renda da Coordenação-Geral de Etnodesenvolvimento (CGETNO) e representante da Funai no evento, explicou o convite feito ao órgão indigenista: “A experiência da FUNAI com as iniciativas indígenas de turismo proporciona aprendizado interessante para troca de experiências, as quais podem ser aproveitadas pelos extrativistas em Unidades de Conservação.”
De acordo com Lopes, o trabalho da Fundação apoia-se na certeza da contrapartida benéfica da atividade turística aos indígenas tanto no que diz respeito ao uso sustentável de recursos da biodiversidade e da proteção do território quanto no fortalecimento da identidade cultural e na geração de renda às comunidades indígenas.
Iniciativas de sucesso do etnoturismo indígena foram apresentadas no seminário, como a atividade turística de pesca no Rio Marié e visitação às Serras do Tapuruquara, ambas desenvolvidas pela Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), a visitação ao Pico da Neblina (Yaripó) coordenada pelo povo Yanomami e o turismo de pesca esportiva na Terra Indígena Pequizal do Naruvôtu, sob responsabilidade dos Kalapalo, no Xingu.
PNGATI
Apesar de a Funai ter começado a discutir sobre o etnoturismo em Terras Indígenas há muitos anos, somente a partir da implantação da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI), em 2011, os trabalhos obtiveram desdobramentos significativos sob competência da CGETNO. Em 2015 foi elaborada a Instrução Normativa 003/2015 regulamentando as atividades dessa natureza, como resultado de evento organizado pela Funai com indígenas e parceiros no ano anterior.
Ascom/Funai
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