O Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) informam que foi consolidada a medida da área de desmatamento na Amazônia Legal para o período de agosto de 2016 a julho de 2017.    

A mensuração foi realizada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) no âmbito do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes).

A área consolidada de desmatamento é de 6.947 km². Esse valor é aproximadamente 5% acima do que o estimado pelo Inpe em outubro de 2017, que foi de 6.624 km². O número representa uma redução de 12% com relação ao desmatamento verificado entre 2015 e 2016, apurado em 7.893 km².

O desmatamento observado em 2017 caiu 75% em relação à área registrada em 2004, ano em que foi iniciado pelo governo federal o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm). Os dados estão disponíveis para consulta no site do Inpe.

O índice do desmatamento relativo ao período de agosto de 2017 a julho de 2018 está em processamento e deve ser divulgado no segundo semestre de 2018.

SAIBA MAIS:

Por que a taxa de desmatamento é divulgada duas vezes?

A taxa preliminar de desmatamento é divulgada alguns meses após do encerramento do período de mensuração. Ela é uma estimativa produzida a partir da análise do desmatamento de uma seleção de imagens do satélite Landsat. A análise é concentrada na área correspondente a 95% do desmatamento que ocorreu no ano anterior, o que representa em média 90 cenas, das cerca de 220 que compõem a região da Amazônia Legal.

Essa priorização torna mais ágil a disponibilização da informação após o fechamento do ciclo Prodes (1º de agosto a 31 de julho). A presteza na geração dessa informação é necessária para a tomada de decisão em âmbito nacional e contribui para os informes brasileiros junto a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.

A taxa consolidada é divulgada normalmente no primeiro semestre do ano seguinte ao da sua mensuração, após a análise da totalidade das imagens de satélite que cobrem a Amazônia Legal e do refinamento das áreas com cobertura de nuvens. É, portanto, a informação final da área desmatada que irá compor a série histórica oficial.

A variação esperada entre a taxa preliminar e a consolidada é de até 10% para menos ou para mais, no entanto, desde 2011, a maior diferença foi de 6%, resultado que confere credibilidade ao método utilizado para geração da taxa preliminar.

 

FONTE: MMA