No Quilombo do Frechal, Sarney filho anuncia ações para unidades no Maranhão, Piauí e Tocantins. Mais de 1,5 mil famílias serão beneficiadas.
O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, anunciou ações de fortalecimento das comunidades extrativistas dos estados do Maranhão, Piauí e Tocantins, nesta sexta-feira, durante o encerramento da primeira Oficina Regional de Gestão Territorial e Ambiental dos Territórios Quilombolas, realizada na Reserva Extrativista Quilombo do Frechal, no município de Mirinzal, Maranhão. “Mais de 1,5 mil famílias serão beneficiadas. Esta é apenas uma parte do nosso compromisso com os povos e comunidades tradicionais”, ressaltou Sarney Filho.
Até 31 de março, serão feitos diagnósticos em sete reservas extrativistas dos três estados. Após esse período, começam as oficinas de capacitação, focadas no apoio e na organização das associações. “Essas unidades têm a necessidade de apoio governamental. Em geral, as outras reservas extrativistas já têm alguma iniciativa ou algum apoio, como por exemplo o projeto Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa). Mas essa região aqui estava carente”, destacou o diretor do Departamento de Extrativismo do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Mauro Pires.
O diretor do MMA reforçou que a organização comunitária, além de investimento em inclusão produtiva, é de extrema importância para que as demais atividades sejam possíveis. “As comunidades precisam estar organizadas para que tenham acesso a políticas públicas, crédito e outras iniciativas disponíveis”, explicou.
QUILOMBOLAS
A Reserva Extrativista Quilombo do Frechal foi a primeira a receber a oficina regional para discutir gestão ambiental e enfrentamento da mudança do clima no contexto quilombola. Até o início de maio, serão realizadas, ao todo, oito oficinas em todas as regiões do país, com o objetivo de mostrar às comunidades quilombolas como os recursos naturais podem ser úteis para manutenção do seu modo de vida.
“Estudos realizados pelo MMA mostram que onde tem comunidade quilombola, os recursos naturais estão mais preservados. Temos que reconhecer, portanto, a importância dessas comunidades quilombolas na agenda ambiental”, disse Sarney Filho.
O líder comunitário Inácio de Jesus Ribeiro contou que desde que a área virou uma unidade de conservação “as coisas melhoraram bastante”, mas ainda precisam de muito apoio. “Esse é um momento de suma importância. Só temos a agradecer, mas nossa história não começou hoje. E para nossa história continuar, para que seja perpetuada por nossos descendentes, precisamos de apoio. Hoje estamos procurando encontrar caminhos de gestão. E a presença do ministério é importante nesse sentido”, disse Ribeiro.
Durante o evento, o ministro Sarney Filho destacou alguns avanços para a comunidade, como a concretização da proposta de compensação ambiental da implantação da linha de transmissão das Centrais Elétricas do Maranhão (CEMAR), o projeto de recuperação de áreas produtivas e a readequação do sistema de abastecimento de água. “Além disso, vai ser feito a quitação da dívida da Associação da Comunidade Frechal com o Fundo Nacional do Meio Ambiente, permitindo que ela volte a ter condições de concorrer em editais e projetos”, informou.
“Estamos com muita expectativa de que a partir desse processo tenhamos diretrizes para garantir a gestão ambiental desses territórios, fortalecendo o modo de vida das comunidades e a conservação ambiental”, afirmou Mauro Pires.
O encerramento das oficinas será realizado durante seminário nacional, nos dias 24 e 25 de maio, em Brasília.
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Quilombolas discutem gestão ambiental
Por: Renata Meliga (texto) e Paulo de Araújo (fotos), enviados especiais à Reserva Extrativista Quilombo do Frechal, Mirinzal-MA.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA)
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