Contratação faz parte de parceria entre o ICMBio com o Conselho Indígena de Roraima (CIR) e o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ).

Após o processo seletivo de contratação de serviço de apoio à Gestão da Estação Ecológica de Maracá, o Conselho Indígena de Roraima (CIR), Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) firmaram oficialmente, no dia 8, a parceria do projeto Motivação e Sucesso na Gestão das Unidades de Conservação Federal (MOSUC). O contrato de serviço foi assinado pelos auxiliares operacionais de logística, indígenas, e as entidades executoras do projeto.

O contrato, oficializado, na Estação Ecológica de Maracá, do ICMBio, localizada no município de Alto Alegre, contou com a presença dos três auxiliares operacionais contratados, que são da comunidade indígena Boqueirão. Entre as atividades que serão desenvolvidas pelos auxiliares está apoiar a abertura e manutenção das unidades amostrais de monitoramento; apoiar a manutenção das de acesso ao interior da unidade; apoiar e acompanhar a coleta de dados do monitoramento aquático; manter acampamento de pesquisa funcionais; elaborar relatório trimestral de atividades.

A assinatura contou com ainda com a presença de Tuxaua Manoel Viriato da comunidade Boqueirão, da secretária do Movimento de Mulheres Indígenas do Conselho Indígena de Roraima (CIR), Maria Betânia Mota de Jesus, da coordenadora do departamento de Gestão Ambiental e Territorial, Sineia Bezerra do Vale, e do analista ambiental do ICMBio, Marcelo Carvalho.

Para a secretária, o projeto veio para fortalecer a parceria entre o CIR, ICMBio e às comunidades indígenas do entorno da Estação Ecológica de Maracá, um lugar de preservação ambiental e hídrica. Maria Betânia falou também da importância de preservar a Esec Maracá, pelo fato de que as comunidades dependem dela. “Maracá é um espaço que deve ser preservado, tanto a parte ambiental quanto hídrica, isso é importante porque as nossas comunidades indígenas também dependem do que o meio ambiente que oferece”, destacou Maria, afirmando que ao buscar esse fortalecimento, as comunidades indígenas também se fortalecerão, avançando no seu desenvolvimento sustentável.

O auxiliar indígena selecionado, Ricardo Patrício de Souza, 36 anos, do povo Macuxi, um pesquisador indígena da região que já atuava na Esec desde 2004, disse que a expectativa é obter mais conhecimento junto com os demais indígenas. “Minha expectativa é ter mais conhecimento, junto com os demais companheiros que estão iniciando os seus trabalhos por aqui, porque antes era só eu e, agora, tem mais dois para ajudar nos trabalhos” disse Ricardo.

Como resultados dessa nova parceria, o chefe da Estação Ecológica de Maracá, Bruno de Souza Campos, destacou a oportunidade de gerar emprego e atender uma necessidade da unidade de conservação. “Uma parceria que já existia e tem tudo para se fortalecer cada vez mais. O CIR e o ICMBio têm o mesmo objetivo, que é a conservação das áreas protegidas. Seja elas terras indígenas ou unidades de conservação, e juntar tudo isso é uma grande possibilidade de criar corredores ecológicos, estabelecer parcerias mais fortes”, reforçou Bruno.

Para a gestora ambiental, coordenadora do departamento de Gestão Ambiental e Territorial, Sineia Bezerra do Vale, membro titular no Conselho da Estação Ecológica de Maracá pelo CIR, as parcerias fortalecem o CIR, às instituições parceiras e principalmente, às comunidades indígenas do entorno da Esec. Sineia destacou a importância dos auxiliares indígenas que trabalharão no ramo da pesquisa científica das plantas, frutas, animais, conhecimentos que se associam aos conhecimentos tradicionais. “Os auxiliares, que são os próprios indígenas, vão trabalhar com árvores, borboletas, mamíferos, então é um trabalho bem importante, porque além dos conhecimentos tradicionais que os povos indígenas já têm, essa é outra versão de trabalhar a questão científica, e isso se completa no conhecimento desses povos, tanto interno quanto externo das comunidades indígenas” analisou a gestora ambiental.

Fonte: Ascom/CIR

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