Realizada pelo Grupo de Trabalho do Manejo Florestal Comunitário do Marajó, caravana visitou as unidades do ICMBio de Mapuá, Arióca Pruanã e Terra Grande-Pracuúba.
Foram trinta dias abordo do navio Comandante Jorge Neto. Algumas dezenas de quilômetros rio abaixo e rio acima. Cerca de 1.035 produtores agroextrativistas, beneficiários das Unidades de Conservação, presentes nas atividades. Cerca de 16 polos comunitários visitados em três Unidades de Conservação de Uso Sustentável localizadas no arquipélago do Marajó: Mapuá, Arióca Pruanã e Terra Grande-Pracuúba – todas as unidades administradas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Esse foi o saldo da Caravana Florestas Comunitárias, realizada no período de 12 de novembro a 11 de dezembro pelo Grupo de Trabalho do Manejo Florestal Comunitário do Marajó (GT MFC do Marajó), no âmbito do projeto Florestas Comunitárias, desenvolvido pelo Instituto Floresta Tropical (IFT) em parceria com o Fundo Amazônia.
A Caravana aportou nos principais rios das Reserva Extrativista (Resex) com o objetivo de apresentar o projeto Florestas Comunitárias; sensibilizar as populações tradicionais que residem em Resex para o Manejo Florestal Comunitário, orientando quanto a possibilidade de extração madeireira legal via manejo florestal de impacto reduzido; apresentar o GT MFC do Marajó e as ações desenvolvidas. O tema central da Caravana foi o desenvolvimento econômico e conservação da sociobiodiversidade a partir do fortalecimento das organizações sociais para o manejo florestal comunitário de uso múltiplo, com ênfase no processo de associativismo e cooperativismo.
“Os povos da floresta lidam com seus recursos tradicionalmente há dezenas de anos. Contudo, para que se desenvolvam modelos de negócios florestais sustentáveis é fundamental que eles estejam unidos e engajados em um objetivo comum, possuírem apoio e assessoria em atividades específicas de capacitação e treinamento em várias ações, por exemplo: noções administrativas e financeiras”, conta Ana Carolina Vieira, coordenadora do programa Florestas Comunitárias do IFT.
Unidades de Conservação
Os territórios que receberam a caravana compõem a área de atuação prioritária do GT MFC do Marajó. Porém, as ações para estabelecer cadeias produtivas sustentáveis, a partir do manejo florestal de uso múltiplo, estão em diferentes momentos em cada unidade de conservação. Se de um lado Mapuá já possui uma cooperativa estabelecida e realizou mapeamento participativo que possibilitou a seleção das áreas para o manejo Florestal Comunitário por meio de uma avaliação do potencial madeireiro, do outro, Arióca Pruanã e Terra Grande-Pracuúba estão iniciando o debate sobre as atividades produtivas com potencial para estabelecimento de cadeias e negócios florestais. Ainda que as atividades de diagnósticos desenvolvidas pelo Grupo de Trabalho desde 2014 tenham apontado madeira e açaí como produtos prioritários para comercialização pelas comunidades, a caravana e as próximas ações devem confirmar essa vocação.
Fazem parte do GT, além do IFT, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Empresa Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater-Pará), Instituto Federal de Educação Tecnológica do Pará (IFPA), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) e Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio).
*Com informações do Instituto Floresta Tropical
(61) 2028-9280
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