Dois empresários chineses pagaram milhões de dólares para uma companhia brasileira que subornou funcionários ambientais de um estado da Amazônia para exportar ilegalmente madeiras preciosas para a China, noticia o jornal inglês The Guardian. Mas, “em um raro sucesso contra o aumento do desmatamento na Amazônia”, a polícia e os promotores brasileiros conseguiram parar o esquema antes das exportações. Os danos evitados superariam R$ 100 milhões.
No total, 31 pessoas foram denunciadas por crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro, organização criminosa, corrupção ativa e passiva, inserção de dados falsos em sistema de informações e falsidade ideológica. Entre elas, os dois empresários chineses, empresários brasileiros, autoridades de meio ambiente e ex-chefe do instituto de licenciamento ambiental do estado do Amapá.
Foram identificados investimentos na empresa Pangea feitos pelos chineses Xiaoliang Xu e Xie Ping com a finalidade de exportar madeira em larga escala para a China. Sílvio Veriano Porto, sócio da empresa Pangea Mineração, confirmou, em depoimento, o recebimento de pelo menos R$ 10 milhões, em espécie ou em contas de terceiros. Os chineses foram denunciados nas ações do MPF e contra Xiaoling Xu há, ainda, pedidos de prisão preventiva e de inclusão do seu nome na lista vermelha de procurados da Interpol.
Confira a reportagem na íntegra:
:: Brazilian police foil million-dollar fraud to export precious Amazon wood to China
Two Chinese entrepreneurs paid millions of dollars to a Brazilian company that bribed environment officials of an Amazon state to illegally export precious hardwoods to China. But in a rare success against rising deforestation in the Amazon, Brazilian police and prosecutors were able to stop the scheme before exports started in earnest and said they saved the state from $30m worth of potential environmental damage.
This week prosecutors presented details of two connected, year-long operations that have seen 31 people charged, including the two Chinese entrepreneurs, Brazilian businessmen, environment officials and the former head of the environmental licensing institute of the state of Amapá, on the eastern edge of the Brazilian Amazon.
They said that two Chinese citizens, businessman Xiaoliang Xu and his associate, interpreter and fellow investor Xie Ping had paid Brazilian company Pangea Mineração (Pangea Mining) $3m of $15m agreed for 50,000 sq metres of wood.
“There were Chinese investors who wanted to extract wood in large quantity from Brazil. They made contact with loggers,” said Everton Aguiar, a federal prosecutor in Amapá’s state capital, Macapá. “They were putting a scheme together and it was defeated.”
Police became interested in the company after an anonymous tip off and began monitoring it.
According to prosecutors, Pangea used another company, Ordena Brasil, to bribe officials from the Amapá Institute of the Environment and Territorial Planning (Imap, in its Portuguese acronym) to issue “forest replacement credits” that are issued to farmers who sustainably harvest wood by replanting deforested areas.
Fonte: Jornal do Brasil
VER MAIS EM: amazonia.org.br
http://amazonia.org.br/2017/12/esquema-ilegal-de-chineses-na-amazonia-repercute-no-the-guardian/
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