Começa hoje, em Brasília, o seminário realizado pelo DGM Brasil com objetivo principal de incluir povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais no debate sobre a estratégia nacional de Redução das Emissões Provenientes do Desmatamento e da Degradação Florestal, Conservação dos Estoques de Carbono Florestal, Manejo Sustentável de Florestas e Aumento de Estoques de Carbono Florestal (REED+). O seminário vai até domingo (20).  (*) 

Segundo Cláudia Calório, consultora especializada em gestão socioambiental e gestão de projetos do DGM Brasil (Mecanismo de Apoio Dedicado a Povos Indígenas, Quilombolas e Comunidades Tradicionais do Cerrado Brasileiro), “esses grupos ainda detêm grande parte de seus territórios tradicionais, mantendo e protegendo a vegetação nativa através do uso sustentável dos seus territórios, assim, para que esses territórios continuem não desmatados e recuperando suas áreas degradadas, são necessárias políticas de apoio a essas comunidades”.

A atividade contará com a participação de lideranças dos subprojetos selecionados no primeiro edital do DGM Brasil. Também terá a contribuição de representantes dos Ministérios do Meio Ambiente (MMA) e das Relações Exteriores (MRE), Instituto Socioambiental (ISA), Conservação Internacional (CI), Fundo Amazônia, entre outros órgãos e entidades. 

As mesas redondas, palestras e debates terão como foco a definição de REDD+, as políticas públicas governamentais e não governamentais de promoção de REDD+ no Brasil e no mundo, experiências de REDD+ apoiadas pelo Fundo Amazônia, riscos e oportunidades do Mercado de Carbono Voluntário, cálculo do REDD+ do Cerrado, formas de acesso aos recursos de REDD+ e desafios e oportunidades de REDD+ para povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais.

DGM Brasil

O DGM Brasil é uma linha de apoio destinada a povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais do Cerrado brasileiro e coordenada por um Comitê Gestor formado por representações Indígenas (6), Quilombolas (2), de Comunidades Tradicionais (4) e do Governo Federal (2) – Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Fundação Nacional do Índio (Funai).   

O mecanismo teve início em oito países-piloto da África, Ásia, América do Sul e América Central e atualmente apoia 14 países (Brasil, Burkina Faso, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Equador, Gana, Guatemala, Indonésia, Laos, México, Moçambique, Nepal, Peru e República do Congo), visando fortalecer a sua participação na discussão sobre mecanismo REDD+ (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação) e ampliação da conservação, do manejo e aumento dos estoques de carbono florestal em nível local, nacional e global.  

O Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas (CAA/NM) é a agência executora no Brasil, escolhida por um processo de seleção pública. A organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, é a responsável pela gestão dos recursos destinados ao DGM, apoiando os projetos das organizações proponentes.

Ana Heloisa d’Arcanchy – Ascom/Funai

Com informações do Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas – CAA/NM

 

Nota  da Ecoamazônia

Segundo  o site: https://dgmbrasil.org.br/   o  seminário  foi realizado no período  de  18 a  20 de  outubro. A  postagem  no  site da  FUNAI foi  realizada em 20 de outubro de  2017.