Uma grande iniciativa para a recuperação de áreas degradadas na Amazônia brasileira prevê a recuperação, nos próximos seis anos, de uma área de quase 30 mil hectares, o que corresponde a um número estimado de 73 milhões de árvores. A maior restauração florestal na Amazônia é resultado de uma parceria entre o Ministério do Meio Ambiente (MMA), o Fundo Global do Meio Ambiente (GEF – Global Environment Facility), o Banco Mundial, o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), a Conservação Internacional (CI-Brasil), o Instituto Socioambiental (ISA) e a iniciativa socioambiental do Rock in Rio, o Amazonia Live.

Deste universo de 73 milhões de árvores, 3 milhões já estavam previamente asseguradas em 1.200 hectares de floresta amazônica, por meio da contribuição inicial do próprio Rock in Rio e da CI-Brasil combinada à doação espontânea do público e pelo apoio de patrocinadores e parceiros do festival. Os 70 milhões adicionais fazem parte das metas do projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia no Brasil, um esforço conjunto do MMA, GEF, Banco Mundial, Funbio e CI-Brasil para aumentar a área florestal sob recuperação, promover o uso sustentável dos recursos naturais e fortalecer a rede de Unidades de Conservação da Amazônia brasileira.

No projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia, está prevista a recuperação de 28 mil hectares de áreas degradas até 2023, mediante a utilização de várias técnicas, tais como:  enriquecimento de áreas de florestas secundárias já existentes, semeadura de espécies nativas selecionadas, condução e/ou favorecimento da regeneração natural, e, quando necessário, o plantio direto de espécies nativas. As áreas prioritárias escolhidas para as ações de recuperação do projeto são o sul do Amazonas, Rondônia, Acre e Pará.

O Amazonia Live nasceu em 2016 com o compromisso do Rock in Rio de plantar 1 milhão de árvores na Amazônia, em parceria com o Funbio e o ISA, e de divulgar a importância da preservação da Amazônia para o equilíbrio do planeta. A plataforma cresceu rápido com a entrada da CI-Brasil como parceiro estratégico, o que fez com que o número chegasse a 2 milhões de árvores na cabeceira do rio Xingu, e com a entrada do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA), que apoiou a produção de 1 milhão de mudas de espécies nativas para recuperar áreas degradadas dentro de Unidades de Conservação do Estado do Amazonas.

“Pela primeira vez estamos adotando globalmente uma mesma causa que será promovida em todos os países onde o Rock in Rio está e se estenderá por várias edições do evento. Com esta ação, vamos chamar a atenção do mundo inteiro para um problema urgente e mostrar que é possível plantar, sobretudo, esperança. Começamos com 1 milhão de árvores, hoje almejamos 73 milhões. Essa parceria entre o Amazonia Live e o projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia mostra que sonhar vale a pena, que cada um pode fazer a sua parte e, juntos, fazemos a diferença”, disse Roberto Medina, presidente do Rock in Rio.  

* Publicado em: CicloVivo

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