O presidente da Funai, Franklimberg de Freitas, se reúne nesta quarta-feira (19), às 15h, no canteiro de obras da Usina Hidrelétrica São Manoel, em Jacareacanga, sudeste do Pará, com lideranças indígenas Munduruku e Kayabi, Ministério Público e a empresa responsável pelo empreendimento. Desde sábado (15), cerca de 200 indígenas ocupam o local. Entre as reivindicações, está a devolução de urnas funerárias que os Munduruku enterraram onde a hidrelétrica está sendo construída. Os indígenas pedem que a empresa responsável deposite as urnas em um novo local, indicado por eles. 

Os indígenas também cobram a demarcação e homologação da Terra Indígena Sawré Muyubu. Os estudos de identificação e delimitação da área foram aprovados e publicados pela Funai em abril do ano passado. Além disso, os Munduruku exigem que o direito à consulta dos povos indígenas seja respeitado, e que como reparação pelo impacto causado pelas obras da hidrelétrica, seja criado um fundo onde empresas destinem recursos para a construção de uma universidade indígena na região.

“Sabemos que as reinvindicações dos Munduruku e dos povos da região são legítimas e viemos em busca de um diálogo para que eles tenham seus direitos resguardados, conforme determina a Constituição e a Convenção 169 da OIT”, ressaltou o presidente da Funai. 

Nesta quinta-feira (20), Franklimberg se reunirá com lideranças da aldeia Kururuzinho para ouvir as reinvindicações das comunidades indígenas locais.

 

ASCOM Funai