Terra da Gente encara o desafio de chegar ao topo do Monte Caburaí, em Roraima

Equipe de reportagem é a primeira da televisão brasileira a atingir o ponto que fica no extremo Norte do Brasil.

Equipe do Terra da Gente caminha durante quatro dias para chegar ao Monte Caburaí (Foto: Marcelo Moraes/ TG)

Sábado (24/06), o terceiro programa especial que comemora os 20 anos do Terra da Gente chega ao Monte Caburaí, em Roraima, no extremo Norte do Brasil. O Terra da Gente foi a primeira equipe da televisão brasileira a percorrer as trilhas abertas em 1930 pelo Marechal Rondon e atingir, caminhando, o topo do Caburaí.

Índios ingarakós são o braço direito da equipe em expedição na selva (Foto: Chico Escolano/ TG)

Monte Caburaí, o desafio

O mês de aniversário do Terra da Gente está repleto de aventuras e descobertas. A missão mais desafiadora encarada pela equipe do Terra da Gente foi percorrer quilômetros caminhando por trilhas fechadas na Floresta Amazônica durante quatro dias. O objetivo? Chegar ao extremo Norte do Brasil, o Monte Caburaí, em Roraima. Há pelo menos três anos ninguém mais havia feito esse trajeto. Sendo assim, os caminhos precisaram ser reabertos na mata. Para chegar ao topo, os repórteres contaram com um auxílio de guias, trilheiros e índios da aldeia Manalai, que conhecem aquelas terras como ninguém.

FONTE:  TERRA DA GENTE, EDIÇÃO Nº 949 

Monte Caburaí desafia equipe do Terra da Gente, primeira a atingir o topo deste marco no Norte do Brasil 

Equipe do Terra da Gente encara de desafio de atingir o Monte Caburaí (RR) (Foto: Marcelo Moraes/ TG)

No aniversário de 20 anos do Terra da Gente, foi lançado um desafio: atingir caminhando o Monte Caburaí, no extremo Norte do Brasil. Para chegar ao destino, os repórteres percorreram o estado de Roraima de sul a norte, por terra e ar.

Repórteres enfrentam caminhada de oito horas na floresta úmida (Foto: Chico Escolano/ TG)

No percurso, não faltaram obstáculos e surpresas. De avião, o time deixou Boa Vista (RR) e seguiu por cerca de uma hora e meia rumo à aldeia Manalai. O pouso ficou marcado pelo encontro com as crianças da tribo. Com olhares atentos e curiosos, os indiozinhos ingarikós receberam a equipe. Os líderes religiosos, por sua vez, tornaram a chegada ainda mais especial com a realização de um ritual de recepção e purificação.

Índios ingarakós são o braço direito da equipe em expedição na selva (Foto: Chico Escolano/ TG)

A equipe passou a noite na aldeia Malanai para iniciar a caminhada ao Monte Caburaí logo pela manhã. Os ingarikós seguiram com os repórteres na expedição e foram os verdadeiros braços direitos da equipe no trajeto pela Floresta Amazônica. Dois guias e três trilheiros experientes também acompanharam a aventura.

Durante quatro dias, os aventureiros percorreram cerca de 30 quilômetros dentro da mata. Os desafios surgiam a cada passo pela trilha fechada. A mata úmida e as travessias pelo rio Panari pareciam testar a resistência dos repórteres. Mas os momentos aflitivos eram confortados pela ajuda dos nativos.

Quanto mais perto do destino, mais difícil o percurso se tornava. Os caminhos precisaram ser reabertos pelos indígenas, já que há pelo menos três anos ninguém passara mais por ali.

No interior da floresta, dois marcos chamam a atenção. São os pilares de concreto que demarcam a divisa do Brasil com a Guiana.

A 1.300 metros de altitude, a mata mostra a riqueza e exuberância, com espécies de plantas simbólicas que revelam a união dos continentes há 450 milhões de anos.

Antes da equipe do Terra da Gente, apenas duas expedições civis realizaram o trajeto do Monte Caburaí. O primeiro brasileiro que deixou a marca no local foi Marechal Rondon, há 90 anos.

No limite do cansaço, a equipe finalmente alcançou o topo do Monte Caburaí. A chegada foi marcada por emoção, alívio e pela sensação de missão cumprida. Ao percorrerem 60 quilômetros, entre ida e volta, durante oito dias, os repórteres fizeram história: tornaram-se a primeira equipe de televisão brasileira a chegar a este ponto do extremo Norte do Brasil.

Equipe vence o desafio e chega ao extremo norte do País (Foto: Marcelo Moraes/ TG)

O Terra da Gente não deixou um marco no topo da montanha, mas o Monte Caburaí marcou o coração de toda a equipe.

VER MAIS EM:

← Post anterior

Post seguinte →

5 Comentários

  1. Ainda sobre o erro da redação:
    Penso que não custa nada colocar uma errata ou corrigir o texto.
    No próprio site do programa Terra da Gente https://www.ecoamazonia.org.br/2021/09/serra-caburai-extremo-norte-brasil-2/ o geográfo Jaime de Agostinho, no Primeiro Parágrafo confirma o fato de que Rondon não esteve no Monte Caburaí e que portanto, não abriu tal trilha.
    Como já disse, o respeito ao pioneirismo, que no caso refere-se a mim e ao meu grupo, deve ser mantido e peço novamente que me procurem no e-mail acima divulgado para maiores esclarecimentos.
    As provas também podem ser encontradas no link do IBGE https://www.youtube.com/watch?v=EyPzFjoIJGg e no meu site “descobrindoobrasileomundo.com.br”, onde encontra-se a homenagem que recebi do Ministério das Relações Exteriores (Primeira Comissão Demarcadora de Limites – PCDL).

  2. Bom dia a todos.
    Mesmo assim a equipe do ECOAMAZôNIA está errada ao dizer algo baseado na matéria feita pela EPTV.
    Já pedi para a mesma corrigir o texto, pois tenho provas claras e evidentes de que quem abriu a trilha para os marcos B/BG 11A de 1933 e de 2007 fui eu Leonardo Ce´sar Osório Meirelles e o meu grupo, e não o Marechal Rondon.
    O respeito ao pioneiro deve ser mantido e nem se quer me procuraram no e-mail acima divulgado.
    Continuo à disposição para mostrar as provas, u que aliás estão reveladas pelo IBGE e pelo Ministério das Relações Exteriores.
    Lembrem-se que graças a mim e ao meu grupo vcs do programa Terra da Gente encontraram a trilha já feita e as informações passadas aos indígenas ingarikós, pois os mesmos não sabiam chegar a tais marcos.

    * A equipe do ECOAMAZÔNIA esclarece que o conteúdo e opiniões expressas nos COMENTÁRIOS são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a opinião deste ‘site”.

  3. Email recebido, pela Ecoamazônia, de Leonardo Meirelles, em 21 de março de 2021: Boa tarde Jaime.
    Este marco o qual vc se refere eu o encontrei quando fui o organizador e o guia desta Expedição em 2013. Os índios ingarikós foram carregadores/ajudantes e temiam ir ao cume do Caburaí. Realmente este marco B/BG 11A de 1933 era o antigo ponto extremo Norte do Brasil, porém, ninguém até então o havia encontrado. Com isso, a PCDL (Primeira Comissão Demarcadora de Limites), vinculada ao Ministério das Relações Exteriores construiu outro marco em 2007, o qual o encontrei tb na mesma Expedição e depois junto com a delegação da Guiana o estabeleceram como o novo ponto extremo Norte brasileiro. Posteriormente, na Ata número 9, as delegações de Brasil e Guiana registraram a redescoberta por mim do marco de 1933 e acordaram de que o ponto extremo Norte ainda continuaria sendo o marco de 2007, pois o mesmo se encontra a cerca de 60 m mais ao norte e a cerca de 300 m mais ao leste em relação ao de 1933. Este último ainda continua sendo válido como um divisor de águas e o de 2007 ficou na promessa de que mudará o seu nome para B/BG 11B.

  4. PREZADOS:
    EXISTE MUITA CONFUSÃO SOBRE O VERDADEIRO PONTO EXTREMO NORTE DO BRASIL, TENDO SIDO E AINDA MANTIDA A INFORMAÇÃO PELA MIDIA GLOBAL DE QUE O BRASIL VAI DO OIAPOQUE AO CHUÍ, O QUE PODE SER FACILMENTE IDENTIFICADO POR UMA SIMPLES ANÁLISE CARTOGRÁFICA. ALEM DE ERROS CLÁSSICOS DE CONFUNDIR DIVISOR DE ÁGUAS COM NASCENTES DE RIOS TIVEMOS AINDA A INCORRETA LOCALIZAÇÃO FEITA POR EXPEDIÇÃO OFICIAL TOTALMENTE DESINFORMADA EM SETEMBRO DE 1998 QUE NÃO LOCALIZOU O MARCO OFICIAL DA COMISSÃO DE FRONTEIRAS E DETERMINOU ERRONEAMENTE UM “NOVO PONTO” NO TOPO DO MONTE CABURAÍ, QUE FAZ PARTE DA SERRA DE MESMO NOME. O PONTO CORRETO, ASSINALADO POR MARCO OFICIAL É LOCALIZADO NO DIVISOR DE ÁGUAS DESTA SERRA E FOI ORIGINALMENTE E OFICIALMENTE COLOCADO PELO COMANDANTE BRAZ DIAS DE AGUIAR EM 8/12/1933. CURIOSAMENTE EM 8/4/2013 UMA NOVA EXPEDIÇÃO COMPOSTA POR GRUPO EXCURSIONISTA COM AJUDA DE INDIGENAS DA REGIÃO LOCALIZOU O MARCO ORIGINAL. LIVROS DIDÁTICOS EM 1944 JÁ COLOCAVAM O PONTO EXTREMO NORTE DO BRASIL EM UM PONTO DEFINIDO PELO DIVISOR DE ÁGUAS DA SERRA DO CABURAÍ.

  5. Olá amigos. Vcs erraram ao dizer que foi o Rondon que fez a trilha ao Monte Caburaí pela qual vcs andaram. Na verdade foi o explorador Leonardo Meirelles que a fez em 2013. Vcs podem corrigir? Qualquer coisa, procurem-me no e-mail “[email protected]” para eu lhe passar as provas. Obrigado.

    * A equipe do ECOAMAZÔNIA esclarece que o conteúdo e opiniões expressas nos COMENTÁRIOS são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a opinião deste ‘site”. O COMENTÁRIO SOBRE RONDON TER FEITO A TRILHA AO MONTE CABURAÍ CONSTA DA REPORTAGEM ORIGINAL DA EPTV, A ECOAMAZÔNIA, APENAS, RESPEITOU A POSTAGEM ORIGINAL