Com área total de 79 mil hectares, a Unidade de Conservação (UC) de proteção integral possui 59 mil hectares de floresta preservada e 377 cavernas de formatos únicos que abrigam espécies raras da fauna e flora, ameaçadas e exclusivas da região. Maior parque em rochas ferríferas do mundo, também guarda registros arqueológicos das primeiras ocupações humanas na Amazônia.
Localizado nos municípios de Parauapebas e Canaã dos Carajás, o parque se destina apenas a atividades de educação ambiental, lazer junto à natureza, pesquisa científica e turismo ecológico.
É formado por dois platôs ferruginosos: a Serra da Bocaina, também conhecida como “Serra do Rabo”, localizada entre a rodovia PA 160 e o Rio Parauapebas; e a “Serra do Tarzan”, próxima à rodovia 118.
No topo das serras, rochas ferríferas expostas há milhares de anos formam uma densa carapaça conhecida como canga ou “savana Metalófila”.
Os solos rasos impedem o desenvolvimento de árvores de grande porte. O cenário é de campos rupestres e savanas em meio à floresta tropical, um tipo raro de ecossistema.
“A criação do parque é resultado do amadurecimento de um diálogo fundado em bases científicas com o objetivo de buscar equilíbrio entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental”, diz o diretor substituto de Licenciamento Ambiental do Ibama, Jônatas Trindade.
Segundo Jocy Brandão, chefe do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (CECAV) do ICMBio, o parque vai dobrar o número de cavernas em Unidades de Conservação do governo federal.
“A criação da UC é uma parte desse processo. O esforço do ICMBio agora é de aportar investimentos e recursos humanos. Acredito que a parceria com os empreendimentos que estão lá vai viabilizar essa implementação”, diz o representante do Instituto, responsável pela gestão do parque.
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