O Jornal Valor Econômico publicou, em 11/04/2017, matéria intitulada “Governo abre reserva de ouro na Amazônia”, elaborada por Marcos de Moura e Souza. Ver em: Governo abre reserva de ouro na Amazônia | Brasil | Valor Econômico (globo.com)

A área de mineração estaria localizada no Pará na região da Reserva Nacional de Cobre e Associados (RENCA).

Nos últimos dias, vários sites da grande mídia e da mídia alternativa estão explorando notícias sobre novas área de garimpo e mineração na Amazônia.

Por exemplo:

– “Temer prepara entrega de reserva gigante de ouro na Amazônia” – Ver em: Temer prepara entrega de reserva gigante de ouro na Amazônia – MAM Nacional

– “Governo pretende extinguir área de reserva para mineração de ouro “  – Ver em: http://g1.globo.com/natureza/blog/nova-etica-social/post/governo-pretende-extinguir-area-de-reserva-para-mineracao-de-ouro.html

http://www.valor.com.br/brasil/4934205/apos-30-anos-extracao-de-ouro-pode-voltar-amazonia

http://midiaeamazonia.andi.org.br/clipping/apos-30-anos-extracao-de-ouro-pode-voltar-amazonia

Depois de mais de 30 anos fechada à atividade de mineração, uma imensa área da Amazônia rica em ouro será concedida à iniciativa privada. Por meio de uma portaria publicada na edição de sexta-feira do Diário Oficial da União, o Ministério das Minas e Energia abriu caminho para a extinção da Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca) criada em 1984 ainda durante a ditadura militar. A expectativa do governo é leiloar áreas no fim do ano.

Apesar de ter cobre no nome, a reserva, localizada entre os Estados do Amapá e do Pará, é rica sobretudo em ouro, mas também em tântalo, minério de ferro, níquel, manganês e outros. Não há informações sobre o tamanho dos depósitos. Mas a avaliação do Ministério é que a área poderá se tornar algo de relevância mundial.

“Acreditamos que nessa área possa ser desenvolvido um projeto ímpar no mundo, com uma gigantesca atratividade para ouro”, disse Vicente Lôbo, secretário de Geologia e Mineração do ministério. Victor Bicca, diretor-geral do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), órgão do ministério, vai além e diz que vê a possibilidade de que a área possa ser tão representativa quanto é Carajás para o minério de ferro. A Renca tem 46 mil quilômetros quadrados.

Mineradoras nutrem grande expectativa em relação à abertura da reserva. “Considero que a portaria é uma vitória do setor mineral. Há muito tempo a gente preconiza é a liberação dessa área”, diz Marcelo Tunes, diretor de assuntos minerários do Ibram, entidade que reúne mineradoras com operação no país.

Para o governo, uma indicação do interesse de mineradoras em futuros leilões é o número de pedidos de requerimentos na Renca. Antes da criação da reserva, havia 171 requerimentos de pesquisa; depois da criação, 482. “Isso sinaliza o interesse do mercado. Se foram requeridas é porque são áreas que têm atratividade”, disse Bicca. Ao Valor, ele e Lôbo afirmam que a portaria, de número 128, dá sinal verde para que sejam indeferidos todos os pedidos posteriores à criação da Renca e a análise dos demais – estes serão outorgados caso estejam de acordo com todas as exigências legais. Antes da criação da Renca, o governo havia concedido 25 autorizações de pesquisa e duas concessões de lavra.

Valor Econômico | BR | Brasil | Página A05 – Após 30 anos, extração de ouro pode voltar à Amazônia | Brasil | Valor Econômico (globo.com)