Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) protocolizou em diferentes órgãos do governo estadual e federal um ofício solicitando providências com relação ao bloqueio de estradas por indígenas em Mato Grosso. Na região sudeste, por exemplo, desde a última semana a BR-070 vem sendo interditada pelos indígenas das etnias Bororos e Xavantes que cobram pedágio para liberar a passagem. 

A solicitação da Acrimat é para que os órgãos responsáveis pela tutela dos povos indígenas brasileiros assumam suas responsabilidades.

“Não podemos aceitar que o direito de ir e vir da população seja restringido. Existem meio legais para reivindicar sem ferir o direito do próximo. Além da extorsão, do prejuízo financeiro, ainda temos nossa integridade física ameaçada”, afirma o presidente da Acrimat, Marco Túlio Duarte Soares. A legislação citada se refere à Lei nº 6.001/73, Art. 7º e especialmente o inciso 2º.

A produtora de Barra do Garças, Téia Fava, destaca que nos últimos dias a população se surpreendeu com a ação pela violência com que as interdições vêm ocorrendo. “É normal sermos submetidos ao pagamento de pedágios ilegal, mas de uns tempos para cá os índios estão armados com enxadas, foices para ameaçar motoristas e passageiros. Os órgãos responsáveis precisam adotar uma política para evitar este tipo de ação”.

A Acrimat enviou o documento para a Fundação Nacional do Índio (Funai), Ministério Público Federal, Polícia Federal, Ministério da Justiça e Governo do Estado. No ofício, a entidade destaca que são constadas em todo o Estado, um grave e recorrente movimento da população indígena com ações de fechamento de rodovias e cobranças de pedágios e ainda, com demonstração ostensiva de força causando constrangimento, pânico e até agressões físicas na população usuária das rodovias federais e estaduais.   

Assessoria

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