O pesquisador Sergio Bringel mostrará a importância da água, os impactos causados pela poluição dos corpos hídricos e suas consequências na saúde pública e a necessidade de uma educação ambiental mais atuante nas escolas.
Com o tema “Amazônia: recursos hídricos e cidadania” o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC), o Dr. Sergio Bringel, é um dos convidados para participar neste sábado (1º de abril) da primeira edição do Painel Amazônico, um ciclo de palestras com a proposta de discutir temas relevantes da região amazônica.
Na programação deste primeiro debate em alusão ao Dia Mundial da Água, o tema central será “ÁGUA: Ações de hoje, Impactos no Amanhã”. O evento é uma promoção da Rede Amazônica e acontecerá no Studio 5, a partir das 15h, quando o pesquisador Bringel enfocará o problema dos esgotos, o saneamento básico na cidade de Manaus, além da necessidade de se promover cidadania ambiental nas escolas de forma regular.
De acordo com o pesquisador, o objetivo da palestra é mostrar a importância da água, os impactos causados pela poluição dos corpos hídricos e suas consequências na saúde pública e a necessidade de uma educação ambiental mais atuante nas escolas. Questões evolvendo o Marco Legal dos Recursos Hídricos também serão tratadas.
Sergio Bringel é doutor em Agronomia (Solos e Nutrição de Plantas) e especialista nas áreas de poluição ambiental, controle e monitoramento de água e solo, recursos hídricos, hidrogeoquímica em pequenos e grandes rios da bacia amazônica e gestão de bacias hidrográficas.
“Considero que a cidade de Manaus não apresenta um saneamento básico dentro dos princípios que regem a legislação. Há quem acredita que tem, mas eu, não”, afirma Bringel.
O especialista ainda se arrisca a dizer que Manaus só tenha possivelmente 10% de tratamento de esgoto. “E o que é coletado é lançado in natura na orla da cidade de Manaus, contribuindo para a poluição dessas águas”, afirma.
Outro problema destacado pelo pesquisador é que o meio ambiente é tratado de maneira pontual. “Dia da água: todo mundo para para beber água; Dia do solo: todo mundo para para brincar no solo; Dia da árvore: todo mundo para para se mostrar e plantar uma árvore. Isso não é educação”, diz Bringel. “Você está festejando uma data. Isso é um festejo. A educação é diariamente”, ressalta.
Para o pesquisador, as escolas precisam preparar adequadamente os professores de ensino fundamental e médio para o cotidiano de uma boa educação ambiental. “O correto seria fazer com que cidadania ambiental virasse parte da nossa cultura, caso contrário, os prejuízos que isso causam, e continuará causando ao meio ambiente, podem ser irreversíveis”, destaca.
Por Karem Canto – Ascom Inpa