Visitantes fizeram trilha, conheceram espécies endêmicas, tomaram banho de cachoeira e se encantaram com as belezas naturais da região. 

Duas unidades de conservação (UCs) que compõem o Mosaico de Carajás – Floresta Nacional de Carajás e Floresta Nacional do Itacaiúnas – celebraram 19 anos de criação com a realização do II Circuito Ecológico de Carajás.   O evento foi promovido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que administra as Ucs, em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Parauapebas (PA).

A visita foi gratuita e aberta ao público.   No total, 62 pessoas se inscreveram, diretamente na sede do ICMBio, para visitar a UC.   A servidora pública Kaciane Barbosa ficou sabendo do passeio, fez sua inscrição e ainda levou mais 10 amigos para conhecerem as belezas naturais de Carajás.   “Foi tudo maravilhoso.   Primeiro por conhecer a floresta, que é tão falada em nossa cidade, porém pouco conhecida de fato pela população, e segundo pela experiência do passeio em si, com tantas aventuras e paisagens únicas”, relatou Kaciane.

“Estou aqui em Parauapebas há dois anos e não sabia da existência dessas belezas naturais da Floresta de Carajás.   Existem espécie de animais e flores que são exclusivas daqui, isso é incrível!   Passamos por cavernas, cachoeiras, parque ecológico.   Vale a pena, desejo de coração que todos tenham a oportunidade de conhecer”, contou o visitante Daniel Lincoln da Silva.

Roteiro do circuito ecológico

A concentração foi logo cedo, em frente à portaria da Floresta Nacional de Carajás, e a turma saiu em dois ônibus.   A primeira parada aconteceu no Centro de Visitantes do Parque Zoobotânico, onde foi realizada uma palestra sobre a atuação, os objetivos e desafios do ICMBio e da Floresta de Carajás.

Durante a palestra, os participantes foram orientados sobre a importância de conhecer as riquezas naturais da região para então contribuir para a sua preservação.   O objetivo foi também despertar o sentimento de pertencimento em relação à floresta e esclarecer que ela não é de propriedade do setor privado, e sim de toda a comunidade, demonstrando que a região não tem apenas o potencial mineral, mas também uma riqueza natural que pode beneficiar a comunidade de outras formas.

Após a palestra, os visitantes partiram para a Trilha Lagoa da Mata, onde caminharam por um percurso de 1 km, conhecendo diferentes espécies arbóreas e recebendo diversas informações sobre o ecossistema local.   O ponto seguinte foi a savana metalófila, um ambiente peculiar da região, onde se encontra uma vegetação ímpar, que cresce em formações rochosas de ferro.   Neste local, os participantes tiveram a oportunidade de ver a floração da Ipomea Calvantei, flor endêmica de Carajás, que pode deixar de existir se houver avanço desordenado da mineração.

Algumas cavernas também fizeram parte do passeio, dentre elas a caverna ferrífera Mapinguari, protegida por lei e de grande relevância para o ecossistema.   O ponto final do circuito foi a cachoeira de Águas Claras, onde os visitantes experimentaram a maravilhosa sensação de relaxamento que o banho na cachoeira proporciona.

Fonte: ICMBio

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