A agente de saúde indígena Iandra Waro, da etnia Munduruku, é a nova entrevistada pelo Projeto Audivisual #Vozesdosatingidos do Fórum Teles Pires, apoiado pelo Instituto Centro de Vida (ICV). O projeto foi lançado no início deste mês e acompanha a luta dos indígenas e ribeirinhos atingidos pelas hidrelétricas no rio Teles Pires.
No vídeo, Iandra Waro, da aldeia Teles Pires, no Mato Grosso, diz que a hidrelétrica causou muitos impactos, afetou a cultura, acabou com os peixes e deixou as crianças doentes, com problemas de pele.
“A escassez de peixe está muito grande. O peixe está magro. A gente vê o peixe morrendo. A gente vê no rio [0 peixe] passando morto”, denuncia Waro.
O projeto #VozesdosAtingidos tem o objetivo de promover um espaço de comunicação no qual (indígenas, agricultores familiares e outros) atingidos pelo processo de instalação e funcionamento de empreendimentos hidrelétricos (de infraestrutura) no rio Teles Pires, que fica na Bacia do Tapajós, possam se expressar e expor suas reivindicações e situação atual.
A aldeia Teles Pires fica na Terra Indígena Kayabi, onde também vivem os índios Apiaká e Kayabi. Em 2012, durante ação da Polícia Federal para destruir balsas na aldeia, o indígena Adenilson Kixiri Munduruku foi assassinado. Os Munduruku estavam em plena luta contra a barragem (leia aqui).
Por Sucena Shkrada Resk
Sucena Shkrada Resk é jornalista do Fórum Teles Pires (FTP) e do Núcleo Centro de Vida (ICV). A foto desta matéria é de sua autoria. Veja o vídeo abaixo: https://youtu.be/buO_D1Zh_QM
A foto que ilustra esse texto é do Território dos Munduruku no Tapajós de autoria de Gabriel Bicho(Greenpeace)
VER MAIS EM: http://amazoniareal.com.br/2017/03/
http://amazoniareal.com.br/a-gente-ve-no-rio-o-peixe-passando-morto-diz-iandra-waro-munduruku/
Deixe um comentário