Desmistificar os projetos de REDD+, envolver mais pessoas na discussão sobre mecanismos de conservação de florestas, debater o mercado de carbono com as principais referências nessa área no Brasil. Estes são apenas alguns dos principais objetivos do Workshop REDD+ Amazônia – Do desenvolvimento à implantação.

Desenvolvido pelo Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e a Hdom Engenharia e Projetos Ambientais, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Amazônicas (Inpa), o evento acontecerá entre os dias 13 e 17 de março, na sede da Estação Experimental de Silvicultura Tropical do Inpa, em Manaus, AM.

Os mecanismos de redução de emissões por desmatamento e degradação (REDD+) conquistaram um importante espaço na discussão internacional sobre mudanças climáticas. A crescente importância do REDD+ vem colaborando no combate ao desmatamento e incrementando a participação da sociedade nas ações relacionadas à floresta, tanto na esfera governamental federal e estadual, quanto na de projetos privados. Entretanto, ainda não se estabeleceram plenamente os mecanismos de governança necessários a promover reduções efetivas de desmatamento, benefícios à conservação da biodiversidade, benefícios sociais e respeito aos direitos de povos indígenas, dos agricultores familiares e das comunidades tradicionais. Isso implica em situação de risco, já que tanto os projetos de carbono como os programas governamentais podem gerar impactos indesejáveis a esses grupos sociais e à biodiversidade, ou mesmo não resultar em reduções efetivas das taxas de desmatamento.

Nesse contexto, o Workshop REDD+ Amazônia – Do desenvolvimento à implantação pretende levar novos conhecimentos e experiências a um público formado por desenvolvedores de projetos de carbono, financiadores e investidores, representantes do governo, prestadores de serviços do setor florestal e de empreendimentos de manejo florestal, proprietários de florestas, professores universitários, brokers e retailers, profissionais envolvidos em padrões de validação, verificação do mercado voluntário e organismos de certificação, além de estudantes das áreas ambiental e florestal. “Nossa intenção é promover os mecanismos de conservação das florestas por meio de boas práticas no desenvolvimento de projetos de carbono e transferência de tecnologia. E mais: compor uma extensa rede de atores que ampliem suas próprias conexões no âmbito profissional. Aproximando essas pessoas será possível criar um eixo central para incentivar o debate”, acredita o coordenador de Clima e Serviços Ambientais do Imaflora, Bruno Brazil, um dos organizadores do workshop.

A programação do workshop traz conteúdos relacionados às causas das mudanças climáticas e suas consequências sobre as florestas e o planeta; o funcionamento do mercado de carbono e o pagamento por serviços ambientais; noções de adicionalidade; estudos fundamentais de inventários florestais e sensoriamento remoto; elaboração de projetos de REDD+ e sua implementação.

Para Francisco Higuchi, um dos facilitadores do workshop e diretor técnico da Hdom Engenharia e Projetos Ambientais, os projetos de REDD+ transformaram-se em uma alternativa para ganhar dinheiro fazendo pouco, o que tem prejudicado o mercado de carbono, porque afasta a confiança dos investidores. “O manejo florestal para projetos de carbono deve ser uma tomada de decisão com base em informações fundamentadas, auditáveis, replicáveis e com a rastreabilidade mais precisa possível. Para isto são necessários estudos com muita qualidade de mensuração de carbono. Só assim se conquista a credibilidade do mercado. É o que queremos mostrar durante o curso”, esclarece Higuchi.

Atualmente existem muitos acordos internacionais em que os países signatários se comprometem voluntariamente a promover ações de mitigação de carbono. O Brasil é um deles. O workshop quer contribuir também na formação de um grupo que, de certa forma, ajudará o governo brasileiro a cumprir os compromissos assumidos no acordo firmado em Paris durante a 21ª Conferência do Clima, a COP 21. “A importância do workshop está em mostrar a realidade de como é um projeto de REDD+. Trata-se de um processo complexo, envolve muitas equipes, demanda muita disciplina e tempo. A proposta é desmistificar todas essas questões, conscientizando os participantes e alinhando o discurso sobre o tema”, resume o coordenador do Imaflora, Bruno Brazil.

Workshop REDD+ Amazônia – Do desenvolvimento à implantação.
Encontre as principais referências do Brasil em projetos de carbono.

Quando – de 13 a 17 de março de 2017
Onde – Sede da Estação Experimental de Silvicultura Tropical do Inpa, em Manaus.

Carga horária – 57 horas
Vagas disponíveis – 20 vagas
Investimento – R$ 2.800,00
Informações e inscrições – www.imaflora.org | (19) 3429-0815 | [email protected]

Fonte: Assessoria

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