Medida de rotina garante mobilização de até 2.520 brigadistas a cada ano para combater incêndios florestais. Brasil é referência nas técnicas empregadas.

O Diário Oficial da União (DOU) traz, nessa quarta-feira (22/02), Portaria do Ministério do Meio Ambiente declarando emergência ambiental em várias localidades de 16 estados e no Distrito Federal. A medida de rotina é tomada no início do período da seca em várias regiões do país, para assegurar o combate ao fogo ao longo do ano. 

O Prevfogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais), do Ibama, pode contratar temporariamente até 2.520 brigadistas em todo o país. No ano passado foram mobilizados 925 brigadistas, selecionados e treinados pelo órgão, para apagar e controlar incêndios na Amazônia, no Cerrado, no Pantanal, na Caatinga e na Mata Atlântica.

De acordo com o coordenador do Prevfogo, Gabriel Zacarias, “ainda não há nada que indique que 2017 terá uma temporada de incêndios mais intensa que a do ano passado”. Ele explica que o regime de secas acompanha o comportamento do El Niño, que aquece as águas do Atlântico, para a região norte do Brasil, e do La Niña, no Pacífico, para a sul. 

Em 2016, o primeiro semestre foi crítico para o combate aos incêndios, mas no segundo semestre, quando eles são mais numerosos, nem tanto. Gabriel explica que a falta de uma tendência, influenciada pelos dois fenômenos climáticos, não permite fazer previsões para a demanda de combate ao fogo.  “Nesses casos, trabalhamos com a média dos últimos 10 anos”, esclarece. 

ESTRATÉGIA

O combate aos incêndios florestais faz parte da estratégia brasileira de cumprimento das metas do Acordo de Paris, para redução das emissões de carbono, gás que agrava o aquecimento global. Somadas aos desmatamentos, as queimadas são responsáveis por grande parte das emissões brasileiras. 

O Brasil é referência no domínio das técnicas de controle do fogo em florestas. No início do ano, os brigadistas brasileiros auxiliaram o Chile, que passou por uma temporada intensa de fogo nas florestas.

PAULENIR CONSTÂNCIO

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