A coordenadora do Instituto Socioambiental, Adriana Ramos, que participa do Natureza Viva neste domingo (08), disse que foi surpreendida com a reação de algumas organizações representativas do agronegócio, reclamando do enredo da Imperatriz Leopoldinense, porque homenageia o Xingu indígena e traz informações sobre os grandes dilemas que os povos da região vivenciam. Baixar áudio
Adriana Ramos se refere aos impactos de atividades como o desmatamento e uso de agrotóxicos, que fazem parte do setor do agronegócio. No entanto, para ela, “essa é uma polêmica desnecessária porque o carnaval taí e as escolas de samba sempre dando espaço para mostrar diferentes visões de mundo, diferentes histórias e esta é só mais uma história que vai para a avenida, como a do agronegócio foi, no ano passado, com a Unidos da Tijuca.”
A coordenadora do Instituto Sócioambiental acredita que será importante para os povos indígenas do Xingu ter esse retrato trazido à Avenida pela Imperatriz Leopoldinense.
O Natureza Viva vai ao ar, no domingo, às 8h, pela Rádio Nacional da Amazônia. Apresentação: Mara Régia.
FONTE: EBC
A Associação Brasileira de Criadores de Zebu – ABCZ – divulgou a seguinte nota:
NOTA DE REPÚDIO
Associação Brasileira dos Criadores de Zebu
A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) repudia, com indignação e veemência o samba-enredo e as demais peças publicitárias divulgados pela escola Imperatriz Leopoldinense para o Desfile de Carnaval de 2017. Ao criticar duramente o agronegócio, o grupo mostra total despreparo e ignorância quanto à história brasileira e à realidade econômica e social do país.
Antes de mais nada, é preciso esclarecer e reforçar que o país do samba é sustentado pela pecuária e pela agricultura. Chamados de “monstros” pela escola, nós, produtores rurais, respondemos por 22% do PIB Nacional e, historicamente, salvamos o Brasil em termos de geração de renda e empregos. Com o tempo e com o nosso talento de produzir cada vez mais – e de forma sustentável – trouxemos para nossa nação o título de campeã mundial de produção de grãos e de proteína animal.
Inaceitável que a maior festa popular brasileira, que tem a admiração e o respeito da nossa classe, seja palco para um show de sensacionalismo e ataques infundados pela Escola Imperatriz Leopoldinense. O setor produtivo e a sociedade não podem ficar calados diante a essa injustiça. É preciso que o Brasil e os brasileiros não só enxerguem e reconheçam a importância do nosso setor, como se orgulhem dessa nossa vocação de alimentar o mundo.
Com a responsabilidade que lhe cabe, a ABCZ vem a público reforçar o compromisso de seus 21 mil associados de produzir cada vez mais carne e leite com práticas sustentáveis e seguras. E, assim, enaltecemos, também, o nosso empenho em zelar pela preservação do meio ambiente.
Se você se alimentou hoje, agradeça a um produtor rural.
ATUALIZAÇÃO:
Carnavalesco da Imperatriz responde críticas de produtores rurais sobre enredo
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