Acadêmicos, especialistas e representantes dos governos brasileiro e norte-americano participaram nesta terça-feira (13), em Brasília, da II Reunião Anual do Programa Parceria para a Conservação da Biodiversidade na Amazônia.
O programa é uma cooperação técnica entre Brasil e EUA com duração de cinco anos (2015 a 2019), envolvendo a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Serviço Florestal Americano (SFA), Ministério do Meio Ambiente (MMA), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Fundação Nacional do Índio (Funai).
De acordo com Michelle Zweede, coordenadora de Programas Internacionais do SFA, o objetivo dessa parceria é trabalhar para a conservação das áreas protegidas da Amazônia com base em quatro eixos de atuação: uso público e visitação, planos de manejo, cadeias de valor dos produtos do extrativismo e manejo do fogo. “O Serviço Florestal Americano atua há mais de 20 anos em parcerias com o governo brasileiro. Existe uma troca e um interesse mútuo. Nós também queremos aprimorar nosso trabalho com áreas protegidas nos Estados Unidos”, destaca Zweede.
Durante a reunião, representantes dos dois países compartilharam resultados, casos de sucesso e lições aprendidas em 2016 no âmbito do programa. Segundo a coordenadora de Elaboração e Revisão de Planos de Manejo do ICMBio, Érica Coutinho, a cooperação técnica contribuiu para a construção de uma nova metodologia de elaboração dos planos de manejo, baseada no Foundation Document (documento utilizado pelo governo norte-americano que fornece diretrizes para o planejamento das áreas protegidas).
“As oficinas realizadas mostraram o caminho para a adaptação do Foundation Document ao contexto brasileiro. A nova metodologia propõe avaliações por etapas e vai trazer mais agilidade ao processo de elaboração dos planos de manejo”, pontuou Érica. Outro eixo temático discutido no encontro foi o das cadeias de valor, isto é, o uso sustentável dos recursos naturais de modo a agregar valor a esses recursos e gerar renda para as comunidades locais.
O coordenador de Produção e Uso Sustentável do ICMBio, João da Mata, ressaltou o papel das comunidades tradicionais na conservação da natureza e a importância da cooperação técnica para o fortalecimento das cadeias de produtos da sociobiodiversidade (castanha, óleos, pirarucu, açaí, coco babaçu, entre outros). “Da floresta até o consumidor final são muitas etapas e nós buscamos atuar em todas elas, evitando atravessadores e auxiliando no beneficiamento dos produtos. As parcerias e o envolvimento da sociedade são elementos fundamentais nesse processo”, concluiu o coordenador.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280
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