A Plataforma de Inovação Agropecuária – MKTPlace, iniciativa internacional de cooperação técnica coordenada pela Embrapa, foi selecionada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como uma das 15 atividades mundiais de maior sucesso na cooperação técnica entre países emergentes para solucionar, de maneira sustentável, desafios ligados ao desenvolvimento. 

No próximo dia 2 de novembro, a Plataforma será apresentada durante a United Nations Global South-South Development (GSSD) Expo, evento realizado entre 31 de outubro e 3 de novembro, em Dubai, nos Emirados Árabes. A exposição, que ocorre desde 2008, envolve mais de 25 organizações e 100 Estados-Membros das Nações Unidas, além de organizações do setor privado e da sociedade civil. A GSSD Expo visa promover a divulgação das iniciativas, o compartilhamento de conhecimentos e lições aprendidas, além de possibilitar o estabelecimento de parcerias e contato com possíveis parceiros e investidores. Um livro detalhando a experiência com o desenho e a implementação do MKTPlace também será lançado durante o evento.

A Plataforma MktPlace será apresentada pelos pesquisadores Francisco Reifschneider, Paulo Eduardo de Melo e Paulo de Camargo Duarte, da Embrapa;  Jorge Hernán Chiriboga Pareja, do Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura (IICA); Oluwole Fatunbi, do Forum for Agricultural Research in Africa (FARA); Kristofer Hamel, International Fund for Agricultural Development (IFAD), e Margaret Karembu, do International Service for the Acquisition of Agri-biotech  Applications (ISAAA AfriCenter).

Apoiado por parceiros como a Agência Brasileira de Cooperação (ABC/MRE), Fundação Gates, o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) da ONU, o Banco Mundial e o Departamento Britânico para o Desenvolvimento Internacional (DFID), o MKTPlace conseguiu, desde a sua criação, em 2010, levantar mais de 20 milhões de dólares em financiamento. Os recursos aplicados em 82 projetos de pesquisa em 13 países africanos e 9 países da América Latina geraram como resultados a troca de 1.116 genótipos adaptados à agricultura tropical, a capacitação de 2.191 pessoas, o desenvolvimento de mais de 170 tecnologias, produtos e serviços e a edição de 129 publicações técnicas, entre outros. Os projetos já finalizados foram convidados a participar de uma segunda fase, em maior escala e com maior impacto, e seis projetos estão iniciando esta nova fase, todos na África.

Relacionados:

Passivo do Código Florestal cai com compensação e pecuária intensiva Código Florestal – Governo aposta em divisão de ruralistas para manter Medida Provisória Meio Ambiente – Brasil exporta cerca de 112 trilhões de litros de água doce por ano