“Nós e os Brabos” é o nome do curta-metragem produzido pelo índio acreano Nilson Saboia. O documentário foi exibido na segunda Bienal de Cinema Indígena, realizada em São Paulo, no início do mês. Nilson, que é da etnia Huni Kuin, já trabalha com produções de audiovisual há mais de 10 anos.
Tudo começou, quando ele percebeu a necessidade de se fazer registros do trabalho executado pelos agentes agroflorestais e de ampliar o debate sobre a relação dos índios isolados, os chamados “brabos”, com os demais povos indígenas do Acre.
Segundo Nilson, o documentário é uma mensagem para o mundo. “Por incrível que pareça, os isolados são os únicos povos que ainda vivem livres nesse planeta. O meu povo já viveu em isolamento, mas hoje vivemos na era da informação, empoderamento e da autonomia”, frisou.
“Nós e os Brabos” retrata os problemas enfrentados pelos povos de fronteira, como narcotráfico, retirada de ilegal de madeira e conflitos territoriais.
“Esse documentário mostra o pensamento dos índios sobre isso e o que os vizinhos do entorno acham, além da nossa política de vigilância e proteção desses povos”, explicou o documentarista.
Com mais de 10 produções, Nilson Saboia está em processo de finalização de um longa-metragem, versão mais ampliada de “Nós e os Brabos”.
VER FOTOS EM: http://www.agencia.ac.gov.br/conflito-territorial-e-tema-de-documentario-indigena/
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