Seguindo tendência estadual, o Parque Indígena do Xingu, localizado na região Nordeste do Estado e porção Sul da Amazônia brasileira, registra aumento significativo de queimadas, prática tradicional usada pelos índios para limpeza da roça e cultivo de plantações. Além disso, o intenso desmatamento no entorno do parque e as alterações climáticas têm contribuído para que as chamas fujam do controle e se alastrem pela área indígena.

Dados do Instituto Socioambiental (ISA) apontam para a possibilidade de o Xingu superar a marca história de 2010, quando 10% da vegetação do parque foram consumidos pelo fogo. Apenas no mês de agosto, o parque contabilizou 3.891 focos. Em todo o ano passado, foram 2.728 e, em 2014, foram 2.677.

Diante do quadro, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) decretou situação de emergência. Dos seus 2,6 milhões de hectares (ha), mais de 200 mil ha já foram destruídos pelas chamas, conforme o analista ambiental do Ibama, em Brasília, Cendy Ribas.

Diário de Cuiabá | MT | Meio Ambiente

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