Sarney Filho afirmou que o presidente da Câmara se comprometeu a ouvir Colégio de Líderes antes de votar proposições sobre o tema.  Acompanhado de lideranças indígenas, o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, veio à Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (3), pedir ao presidente da Casa, Rodrigo Maia, que não coloque em pauta nenhum projeto que altere as políticas indigenistas brasileiras.

“Viemos pedir ao presidente que não colocasse nenhuma matéria polêmica a respeito das políticas indigenistas, que pudesse alterar as políticas indigenistas, antes de uma discussão mais aprofundada com o segmento.”

Segundo o cacique Raoni Metuktire, líder da etnia Kayapó, que participou da reunião, os temas polêmicos incluem propostas como a PEC 215/2000, que permite o arrendamento das áreas indígenas e a permuta por outras terras e reconhece apenas demarcações de reservas ocupadas em outubro de 1988 – data da promulgação da Constituição. Raoni foi traduzido por Patxon Metuktire.

“Então, o que ele vem falar é da PEC 215, da CPI da Funai, que eu sei que o Congresso quer acabar com a Funai e com a saúde indígena. Querem legalizar mineração em terras indígenas. Essas ações do Congresso vão, se aprovadas, prejudicar o índio.”

Sarney Filho disse que o presidente Rodrigo Maia se comprometeu a atender o pedido, ouvindo também o Colégio de Líderes.

Reportagem – Noéli Nobre
 
FONTE: Câmara dos Deputados  
Presidente da Câmara recebe ministro do Meio Ambiente e lideranças indígenas  

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, se comprometeu a atender pedido do ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, após ouvido o colégio de líderes partidários, para não colocar em pauta nenhum projeto que altere as políticas indigenistas brasileiras antes de uma discussão mais aprofundada com o segmento.

Sarney Filho veio à Câmara nesta quarta-feira (3) acompanhado de lideranças indígenas.

O cacique Raoni Metuktire, líder da etnia Kayapó, que participou da reunião, destacou que os temas polêmicos incluem propostas como a PEC 215/00, que permite o arrendamento das áreas indígenas e a permuta por outras terras e reconhece apenas demarcações de reservas ocupadas em outubro de 1988 – data da promulgação da Constituição. “Querem acabar com a Funai e com a saúde indígena. Querem legalizar mineração em terras indígenas. Essas ações do Congresso vão, se aprovadas, prejudicar o índio”, declarou o cacique.

Reportagem – Noéli Nobre

Edição – Mônica Thaty
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