Até agora o balanço das operações “Onda Verde” e a “Wazaká II”, esta última em andamento, totalizam quase R$ 99,4 milhões em multas aplicadas pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em áreas na região do Sudoeste do Amazonas, fronteira com os Estados do Acre e Rondônia. 

As ações também resultaram em 75 autos de infração, 13.751 hectares de áreas embargadas que foram desmatadas e queimadas ilegalmente, apreensão de 18 motosserras, duas motocicletas, uma balsa, um barco e 70 metros cúbicos de madeiras serradas. Desde julho o Ibama vem intensificando as ações de fiscalização no Sudoeste do Estado, região crítica com altos índices de desmatamento e focos de calor.

No município de Lábrea (a 703 quilômetros de Manaus) foi detectado e destruído um acampamento responsável por desmatamento de aproximadamente 200 hectares, com pessoal e estrutura capazes de ampliar a área para cerca de 2 mil hectares.

As operações de fiscalização contam com apoio da Polícia Militar, cujas investidas se dão por indicativos de alertas de desmatamentos fornecidos pelo sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), além do Centro de Sensoriamento Remoto (CSR) do Ibama, e utilizam viaturas para deslocamento terrestre e helicóptero para sobrevoos e acesso às áreas mais remotas.

O Ibama monitora atentamente a região e manterá equipes em campo até o fim do ano. Há dois meses, o órgão aplicou mais de R$ 1 milhão em multas durante a operação “Tucandeira”, que teve início dia 13 de junho deste e se estende até o dia 28 daquele mês. A ação ocorreu nos municípios de Parintins, Barreirinha e Nhamundá, todos a mais de 300 quilômetros de distância de Manaus.

A operação teve por objetivo combater o desmatamento e a exploração de madeireiros e minérios ilegais em terras indígenas e no entorno delas. Além da multa em dinheiro, 170 hectares de terras foram embargados por estarem desmatando e explorando madeira e minerais ilegalmente. Foram mais de 20 metros cúbicos de madeira serrada apreendida, além de 120 quilos de capim. A operação Tucandeira conta com a colaboração da Fundação Nacional do Índio (Funai), do Centro de Trabalho Indigenista (CTI), PM e secretarias de meio ambiente dos municípios de Parintins e Barreirinha.

Exploração ilegal de ouro em Terra Indígena

No mês passado, o Ibama e a Funai realizaram uma operação de combate à exploração ilegal de ouro na terra indígena Yanomami, em Roraima, que resultou na destruição de 20 balsas e 11 acampamentos. Os fiscais também apreenderam um revólver calibre 38, uma espingarda de caça, munição e frascos de mercúrio.

Fonte: acritica.com

Jaqueline Alves

Graduada em Ciências Sociais e Engenheira Ambiental. Especialista em Direito Ambiental; Direito Municipal; Gestão Pública; Engenharia e Segurança do Trabalho; MBA em Petróleo e Gás e Auditoria Ambiental

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