O Greenpeace vai fortalecer sua campanha global contra a construção da hidrelétrica de São Luís do Tapajós, a maior aposta do governo no setor para os próximos dez anos, com capacidade instalada de 8.040 MW. A diretora-executiva da ONG, a neozelandesa Ann Mary McDiarmid, chega domingo ao Brasil para encontros em Manaus e Brasília.
“Estamos fazendo esta campanha global porque se trata de um problema global”, disse Ann Mary ao Valor. “Não há limites para os impactos causados pela destruição da Amazônia”, afirmou. Tapajós é um dos dois alvos globais do Greenpeace na atualidade. O outro é a exploração de petróleo no Ártico.
Ann Mary deve se encontrar com lideranças dos índios mundurukus, da aldeia Sawré Muybu, a 20 quilômetros do local onde será a barragem de São Luiz. Ali vivem 260 indígenas que são o epicentro da queda de braço entre o governo brasileiro e os índios. Há outros 10 mil mundurukus espalhados pela calha do Tapajós que se sentem ameaçados pela construção de usinas.
Fonte: Valor Econômico
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