A preocupação com o meio ambiente levou uma empresa do Amazonas a unir a preservação da natureza com a geração de emprego e renda para famílias locais, por meio da criação de um sistema de pagamento por serviços ambientais voluntários, que pretende estimular a recuperação de áreas degradadas, conservação de áreas de floresta, biodiversidade e respectivos serviços ambientais.

A solução ambiental conta com apoio do Governo do Amazonas, via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), e está sendo desenvolvida pela empresa Liga Consultoria Técnicas e Projetos, contemplada no Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas na Modalidade Subvenção Econômica a Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pappe Integração).

Denominado de Care and Save (cuidar e salvar) a plataforma consiste na organização de mercado capaz de contribuir para a produção de serviços ambientais como um instrumento alternativo que estimule as pessoas a obterem renda a partir de atividades sustentáveis. Isso será feito com o replantio de árvores nativas em áreas degradadas.

Coordenador do projeto, Alexandre Rivas explicou que o objetivo da plataforma é que o financiamento inicial ocorra por meio de doações de estrangeiros e brasileiros.

“A ideia é que isso se tornasse uma ação coletiva que fosse divulgada para vários lugares e despertasse nas pessoas esse interesse. As famílias selecionadas no projeto seriam orientadas e receberiam uma assistência para que pudessem fazer as plantações e escolhessem os frutos que gostariam de plantar, mas que, ao mesmo tempo, tivesse mercado para geração de renda, posteriormente”, explicou Rivas.

A plataforma Care and Save ainda não está em operação, mas é neste local (um site quando estará disponível) onde a pessoa irá fazer a doação, saber mais sobre o projeto e monitorar o que está sendo feito com os seus recursos.

O voluntário pode contribuir com qualquer quantia, explica Riva.  Neste site (a plataforma), a opção Care é utilizada para remunerar as famílias que cuidam da floresta e fazem a provisão dos serviços ambientais. Já o Save é o recurso utilizado para a aquisição e plantio de mudas de árvores nativas (açaí, cupuaçu, andiroba, castanha, entre outros).

“É um projeto interessante porque é de longo prazo, mas com resultados em curto tempo, que é um pagamento que não é assistencialista. Podemos dizer que é uma espécie de prestação de serviços, porque são eles que vão cuidar. Então, você gera e estimula a recuperação ambiental”, explicou.

Geração de emprego e renda

Conforme Alexandre Rivas, o projeto se concentraria, inicialmente, em famílias do Estado do Amazonas que tivessem domínio de uma propriedade. Cada família selecionada receberá orientação e acompanhamento para fazer a recuperação das áreas degradadas e ficará responsável por cuidar da área e, acompanhar o crescimento das árvores, dentro de um planejamento de até 4 anos.

Como o projeto possui abordagem econômica, a família receberia uma compensação por cuidar até que se iniciasse o processo de produção.

“A compensação que houve no inicio para estimular, começaria a sair, por isso que é abordagem econômica para estimular. Esses recursos já seriam passados para outros, pois a família que tem produção já teria condições de vender os produtos e assim ter sua própria renda”, finalizou Rivas.

Esterffany Martins – Agência Fapeam http://www.fapeam.am.gov.br/plataforma-desenvolvida-com-apoio-da-fapeam-visa-recuperar-areas-degradadas-na-amazonia/