Os serviços de dragagem no rio Madeira, no trecho entre o Amazonas e Rondônia, estão previstos para começar em setembro. Até lá, a segurança na navegação preocupa o Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma) diante do baixo nível do rio atualmente e da previsão de uma estiagem mais severa. O transporte fluvial na região está em alerta devido ao risco de acidentes.
A dragagem é o procedimento para remover sedimentos que se encontram no fundo do rio, como troncos de árvores, e que ajuda na passagem de embarcações em áreas mais críticas de assoreamento.
De acordo com o Sindarma, o Dnit, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, informou que o processo de licitação das empresas que farão o serviço ainda está sendo finalizado. O Sindicato afirma que os procedimentos preparatórios para realização da dragagem do Rio Madeira vêm sofrendo sucessivos atrasos.
Segundo o presidente do Sindarma, Galdino Alencar Júnior, essa demora no início dos serviços de dragagem representa um risco para a segurança da navegação porque o baixo nível das águas e a existência de bancos de areia podem provocar colisões de embarcações.
“Esse adiamento da dragagem do Rio Madeira prejudica muito a navegação, principalmente no período da seca devido esse ano estarmos esperando uma seca bastante rigorosa. As nossas medidas atuais mostram que o rio está a oito metros abaixo da mesma medida que estava na mesma época no ano passado. Então isso é muito prejudicial para o nosso setor”
De acordo com Galdino, os serviços de dragagem do Rio Madeira não são realizados há dois anos e são uma reivindicação das empresas de navegação. A hidrovia do Madeira é um dos principais corredores de escoamento da produção agrícola do país.
A diretoria de Infraestrutura Aquaviária do DNIT informou que as propostas para os serviços de dragagem das áreas críticas do Rio Madeira foram abertas no dia 14 de junho. A fase de habilitação da empresa selecionada foi concluída na última terça-feira. Agora corre o prazo para os recursos que as empresas participantes têm direito. Segundo a autarquia, somente após a homologação do resultado final do certame e a assinatura do contrato com a vencedora será possível emitir a ordem de início dos serviços, e a previsão é que isso ocorra em setembro.
Rádio Nacional Amazônia – EBC
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