Até 2008, uma área de um milhão e oitocentos mil quilômetros quadrados da Amazônia Brasileira não contava com informações cartográficas terrestres. Mas, por meio de um projeto em andamento do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), do Ministério da Defesa, 72% desse chamado vazio cartográfico já foi mapeado.
Antes desse trabalho, um outro projeto, o Radambrasil fez, na década de 70, um levantamento de parte da Amazônia, porém em escala menor e sem tecnologia adequada.
O vazio cartográfico corresponde a 35% do território amazônico e abrange áreas de floresta e de fronteira, nos estados do Amapá, Amazonas, Acre, Maranhão, Mato Grosso, Pará e Roraima.
Segundo o gerente do centro regional de Manaus do Censipam, Bruno da Gama Monteiro, o mapeamento geológico está sendo feito com apoio do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), enquanto a cartografia terrestre ficou com o Exército e a Força Aérea e a náutica ou fluvial, com a Marinha.
“Na cartografia terrestre são feitos aerolevantamentos, utilizando tecnologia de radar por conta da alta densidade de nuvens da região amazônica. No caso da cartografia fluvial, a Marinha do Brasil nos cedeu um navio e quatro aviões hidrográficos. Ela faz uma atualização permanente das cartas náuticas. Os navios estão na Amazônia e em operação. E a cartografia geológica faz o mapeamento geológico também com aeronaves”, esclareceu Monteiro.
Os rios navegáveis da região estão sendo mapeados com foco na segurança do transporte de cargas e de pessoas. Bruno Monteiro citou outras aplicações que a nova cartografia da Amazônia vai permitir.
“Em se tratando da cartografia terrestre, temos uma maior possibilidade de planejamento pelos órgãos que atuam na região e pelas empresas para construção de projetos de infraestrutura, rodovias, ferrovias e, se for o caso, de gasodutos e hidrelétricas. A demarcação de todas as áreas, como áreas indígenas, vai facilitar a demarcação dos assentamentos e também o levantamento de nossas riquezas minerais por meio da cartografia geológica.”
O projeto recebeu um investimento de R$ 333 milhões da União. A meta é produzir 41 cartas terrestres, náuticas e geológicas da Amazônia até 2018.
Bianca Paiva – Correspondente da Agência Brasil
FONTE: EBC
Mapeamento cartográfico da Amazônia brasileira chega a 72%
Até o ano de 2008, uma área de 1,8 milhão de quilômetros quadrados da Amazônia brasileira não contava com informações cartográficas terrestres, mas, por meio de um projeto em andamento do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia, do Ministério da Defesa, 72% desse chamado vazio cartográfico já foram mapeados.
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