Operação de fiscalização ambiental coordenada pela Superintendência do Ibama em Rondônia, com o apoio de Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Polícia Federal, Batalhão de Polícia Militar Ambiental, Comando de Operações Especiais e Força Nacional de Segurança, desarticulou esquema de furto de madeira e exploração ilegal de minério na Floresta Nacional (Flona) do Jamari, a 100 km de Porto Velho (RO).
Equipes que participaram da Operação Virtualis, realizada no início de abril, identificaram áreas com exploração ilegal de madeira que abastecem serrarias localizadas na cidade de Cujubim (RO). As madeireiras recebiam créditos virtuais de madeira resultantes de planos de manejo florestais fraudulentos e de outras empresas, com o objetivo de legalizar madeira extraída de uma antiga área de concessão florestal no interior da Flona.
Após ajustes em cerca de 20 mil metros cúbicos de madeira de saldos ilegais no sistema Documento de Origem Florestal (DOF), as equipes se dirigiram às áreas de exploração ilegal. O superintendente do Ibama em Rondônia, Renê Luiz de Oliveira, disse que o governo federal tem estimulado o aproveitamento sustentável dos recursos florestais por meio de concessões, que permitem extrair madeira de forma legal. Utilizando técnicas adequadas, é possível minimizar os impactos ambientais, gerar renda e promover pesquisas. A exploração ilegal da área contraria o objetivo da concessão florestal, trazendo danos ambientais e prejuízos financeiros.
A operação também resultou na desativação de um grande garimpo de metais como cassiterita, columbita, tantalita e nióbio, considerados de grande valor e importância para setores ligados à tecnologia e à fabricação de estruturas aeroespaciais. Esses minérios, principalmente o nióbio, são exportados para países como a China, passando ilegalmente pela Bolívia ou sendo “esquentados” por empresas da região.
Foram destruídos quatro motores usados no garimpo, centenas de metros de mangueiras e outros equipamentos. Os agentes também apreenderam grande quantidade de minerais. “O objetivo é descapitalizar o infrator e interromper o dano ambiental. O garimpo causa um grande trauma, com danos incalculáveis principalmente para a flora e a ictiofauna, pois o pequeno rio foi transformado em um mar de lama”, disse o superintendente do Ibama.
Ações de fiscalização ambiental e investigação continuarão sendo realizadas para impedir a retomada de atividades criminosas e identificar os responsáveis, que serão acionados administrativa e judicialmente para reparar os danos causados.
Assessoria de Comunicação do Ibama
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