Financiado pelo Fundo Newton britânico, o projeto que aprofunda a parceria dos institutos vinculados ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) do Governo brasileiro – Inpa, Inpe, Cemadem, com o Serviço Meteorológico Nacional Britânico, o Met Office.
Entender melhor as interações entre a Amazônia e o clima global é o foco do “Climate Science for Service Partnership (CSSP) – Brazil”, um novo programa de pesquisa de R$ 20 milhões, financiado pelo Fundo Newton, que será lançado na próxima terça-feira (12), às 10h, em Manaus, na sede do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), que é parceiro, juntamente com o Inpe, Cemadem e Met Office.
Para o diretor do Inpa, o pesquisador Luiz Renato de França, esta parceria certamente trará benefícios mútuos para as instituições envolvidas. “Não há dúvida de que é hora de se pensar de forma global, e o Inpa e os demais institutos envolvidos já acumulam excelente expertise acerca das mudanças do clima em escala mais ampla”, comentou. “Essa interação será muito importante para que as pesquisas nesta área avancem de forma significativa e nos permita criar modelos mais acurados”, completou.
De acordo com o diretor do Centro Hadley para Ciências Climáticas e Serviços do Met Office, Stephen Belcher, os cientistas percebem que a floresta amazônica tem uma relação de mão dupla com o clima. “A floresta ajuda a influenciar o clima do planeta, mas também espera-se que sofrerá mudanças com o aumento da temperatura mundialmente. E programa CCSP Brazil tem como objetivo compreender mais sobre os fatores que afetam a floresta”.
Conforme Belcher, a mudança na utilização da terra atrelada aos estoques de carbono são fatores que ajudam a melhorar a funcionalidade do ciclo do carbono nos modelos climáticos globais. “Munida dessas informações, a comunidade científica global espera ter uma melhor compreensão das relações entre a floresta e o restante do planeta”, contou.
O lançamento do “CSSP Brazil” será realizado pelos parceiros, brasileiros e britânicos, e contará com a presença do Conselheiro-Chefe para Assuntos Científicos do Governo Britânico, Sir Mark Walport.
Fundo Newton
Iniciativa do governo britânico, o Fundo Newton visa promover o desenvolvimento social e econômico de 15 países parceiros por meio de pesquisa, ciência e tecnologia. Lançado em 2014, o fundo contava com um orçamento inicial de 75 milhões libras até 2019. Em 2015, o Governo do Reino Unido prorrogou a extensão do Fundo Newton de 2019 a 2021 e duplicou o investimento para 150 milhões de libras esterlinas.
O Fundo Newton atua em três grandes áreas: capacitação de pessoas em ciência e inovação; colaboração em pesquisas acadêmicas sobre temas de desenvolvimento; transferência de conhecimento para a criação de soluções colaborativas para desafios de desenvolvimento e inovação.
No Brasil, o Fundo Newton é coordenado pela Rede Britânica de Ciência e Inovação. O principal objetivo é fomentar a colaboração científica e tecnológica entre o Brasil e o Reino Unido. Baseada na Embaixada Britânica, em Brasília, e no Consulado Geral Britânico, em São Paulo, a equipe do Fundo Newton desempenha um papel fundamental na governança da iniciativa no Brasil.
A equipe atua como facilitadora e promotora das relações entre parceiros dos dois países, assegurando um alinhamento estratégico entre os diversos programas criados. É também responsável pelo monitoramento dos resultados e impactos dos programas do Fundo na relação bilateral entre o Brasil e o Reino Unido.
Da Redação*
*Com informações do Inpa e Fundo Newton
Deixe um comentário