A Polícia Civil cumpriu mandado de prisão preventiva contra dois sócios-proprietários de uma madeireira na Vila Nova Colina, no Município de Rorainópolis, região Sul do Estado. De acordo com informações da Polícia Federal, a prisão ocorreu no dia 29 passado e foi decretada depois do pedido dos promotores de justiça substitutos Masato Kojima e Paulo André de Campos Trindade, responsáveis pelas investigações.   

Segundo os promotores, o pedido do Ministério Público de Roraima (MPRR) foi motivado após comprovação da prática de crimes ambientais e de falsidade ideológica. As atividades da madeireira foram suspensas a pedido da promotoria de justiça, pelo prazo de 90 dias, após uma série de notificações que não foram atendidas.

Conforme a decisão, o dano causado pela madeireira vinha trazendo enormes prejuízos ao Município de Rorainópolis e à população, em razão da degradação ambiental, segundo o MPRR. Conforme os autos, o lucro obtido pelos proprietários da madeireira decorria de atividades com madeiras declaradas sem o registro e em desacordo com as licenças ambientais.

A denúncia afirma que havia exploração de áreas não autorizadas, degradação da flora, ocultação de extração, comercialização, venda e transporte ilegal de material, dentre outros. A prisão dos acusados também se deu pela comprovação de que eles vinham praticando queima de pó de serra, provocando resíduos gasosos, que são nocivos à saúde da população.

Conforme o promotor Masato Kojima, a operação feita na madeireira foi necessária pelo grande número de irregularidades. “A Vila de Nova Colina tem sido afetada pela irresponsabilidade daqueles que visam somente o lucro mediante a degradação do meio ambiente, transferindo para a coletividade a obrigação de suportar os danos decorrentes das queimadas do pó de serra. Há mais de dez anos a madeireira realiza as atividades contrariando o que preconiza a função social da propriedade ao descumprir as normas legais vigentes”, frisou.

Fonte: Folha de Boa Vista

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