A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) receberá R$ 33,7 milhões do Fundo Amazônia. Os recursos serão destinados a projetos de pesquisa para recuperação, conservação e uso sustentável no bioma. O dinheiro provém da Noruega – que tem sido nos últimos anos o principal doador do Fundo Amazônia.
O acordo de cooperação técnica foi assinado nesta quinta-feira (7/4), entre a Embrapa, a Fundação Eliseu Alves (FEA) e o BNDES, gestor do Fundo Amazônia, com a presença das ministras Izabella Teixeira (Meio Ambiente) e Kátia Abreu (Agricultura). A parceria integra o Projeto Integrado da Amazônia e terá duração de 36 meses.
Durante o evento, a ministra Izabella Teixeira ressaltou a importância da cooperação com a Noruega e com os demais doadores que fazem parte do Fundo Amazônia, destacando o fato de que o governo norueguês acreditou no governo brasileiro, apoiando o país no combate ao desmatamento. “Temos números que mostram que proteção e preservação total devem andar juntos”, enfatizou a ministra do Meio Ambiente.
ESFORÇO CONJUNTO
Izabella Teixeira também destacou a importância da parceria com o Ministério da Agricultura: “Não dá para incrementar a conservação ambiental no país sem os parceiros. E a agricultura brasileira é uma parceira estratégica”.
A ministra Kátia Abreu lembrou que a contribuição do governo da Noruega, ao aderir ao Fundo Amazônia, há dez anos, “foi de importância vital para a preservação da Amazônia”. Segundo Kátia Abreu, “este acordo que estamos assinando aqui, hoje, é um fato histórico, que confirma a conexão de esforços da Agricultura, do Meio Ambiente, do sistema financeiro que se preocupa com a questão ambiental, e da nossa instituição de pesquisa”.
O presidente da Embrapa, Maurício Lopes, afirmou que o acordo se alinha perfeitamente à agenda e à visão estratégica da empresa, que priorizou, desde 2014, uma forte ênfase na sustentabilidade. “Com atenção especial para que nossa agricultura caminhe, de forma cada vez mais determinada, mais alinhada com a emergente bioeconomia e isso tem tudo a ver com o potencial imenso da Amazônia, com inclusão produtiva e redução da pobreza na região”, detalhou.
PROJETO INTEGRADO
O acordo apoiará a execução de projetos das unidades descentralizadas da Embrapa. Serão beneficiados os pequenos agricultores, comunidades tradicionais, ribeirinhos, pescadores artesanais e extrativistas, entre outros.
Receberão apoio projetos de pesquisa e de transferência de tecnologia voltados ao monitoramento do desmatamento e da degradação florestal e serviços ecossistêmicos; restauração, manejo florestal e extrativismo; uso de tecnologias sustentáveis para a Amazônia; e aquicultura e pesca.
Nesse contexto, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, lembrou que o Projeto Integrado da Amazônia “corresponde a uma das diretivas importantes do Fundo Amazônia, que é gerar tecnologias, pesquisas e soluções sustentáveis para tornar mais eficiente a restauração florestal e, entre outras possibilidades, incrementar a exploração na aquicultura”.
GERAÇÃO DE RENDA
Luciano Coutinho também reforçou: “Seu potencial é imenso e pode ser uma fonte geradora de renda e de emprego, oferecendo condições de ocupação econômica e competindo com as atividades predatórias, como ocorre com o desmatamento, sendo que a inteligência de combate a esse problema começa pelo Cadastro Ambiental Rural (CAR)”.
Dentro das ações previstas no acordo, os recursos do Fundo Amazônia também oferecerão aporte à realização de oficinas de planejamento, de gestão de rede de pesquisa, de acompanhamento dos projetos individuais apoiados e de articulação com instituições parceiras. Estão incluídos aí, entre outras propostas, o desenvolvimento de um sistema de informática próprio da Embrapa, com o objetivo de aprimorar os indicadores de monitoramento dos projetos apoiados.
LUCIENE DE ASSIS – Edição: Alethea Muniz – Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA)