“Se não fossem as árvores, não sei nem o que seria de nós”. É assim que pensa o agricultor de Canabrava do Norte, no Mato Grosso, Acrísio Luís Reis. Aos 64 anos, vivendo exclusivamente da terra, seu Acrísio se preocupa com o futuro das florestas no Brasil.
“Cada ano que passa tá mais descontrolado o clima. Quando às vezes chove, chove demais. Tudo descontrolado! Por que que tá acontecendo isso? Porque o próprio homem tá destruindo a sua própria vida, né. Porque tá destruindo a natureza, e a natureza é vida”, reflete.
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O agricultor faz parte de uma rede de cerca de 420 coletores de sementes, criada há 8 anos, pela ONG Instituto Socioambiental, para promover a coleta de sementes e o replantio.
Além de ajudar na recuperação do Parque Nacional do Xingu, em Mato Grosso, o projeto também gera renda aos coletores, como explica o coordenador do Programa Xingu, do Instituto Socioambiental, Rodrigo Junqueira.
“A semente, além dela ser um elemento simbólico muito expressivo, faz parte da vida dessas famílias, ela pode, sim, contribuir e ajudar com a geração de renda dessas famílias, que ao longo desse tempo, foram quase dois milhões de reais transferidos pra essas famílias, pra que elas pudesse fazer esse serviço com dignidade e ajudar a recuperar as nascentes e as matas de beira de rio do Xingu”, conta.
As sementes de mais de 250 espécies típicas do Xingu são colhidas, limpas, selecionadas e levadas para a comercialização. Entre os principais compradores estão grandes empresas de agropecuárias.
Em 8 anos, o projeto ajudou a recuperar cerca de 3.500 hectares de matas e nascentes de rios degradados. O alcance da área degradada no Parque Nacional do Xingu chega a 200 mil hectares, tamanho que corresponde a 200 mil campos de futebol.
Também são destaques do Jornal da Amazônia 1ª Edição desta segunda-feira (21):
– No Acre, campanha combate a praga do mandarová nas plantações de mandioca;
– A partir de abril, aplicativo vai receber denúncias de violência contra crianças e adolescentes no Mato Grosso.
O Jornal da Amazônia 1ª Edição vai ao ar, de segunda a sexta-feira, às 7h45, na Rádio Nacional da Amazônia, uma emissora da Empresa Brasil de Comunicação.
FONTE: EBC
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