A segurança energética sempre foi uma aspiração antiga da sociedade amazonense e a construção do linhão de Tucuruí, obra que integra o sistema elétrico regional de Manaus, ao sistema elétrico nacional brasileiro, veio suprir esta necessidade a partir de 2013.
Apresentado em 2008, no Edital de Leilão da Agencia Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o projeto do linhão de Tucuruí contemplava a construção de linhas de transmissão em circuito duplo com aproximadamente 1.800 km de extensão total, oito subestações, saindo do Estado do Pará, da hidrelétrica de Tucuruí, interligando Macapá e Manaus.
A partir deste cenário, o projeto mostrou-se desafiador, tanto do ponto de vista econômico, para viabilizar sua construção, quanto social, para atender as demandas e os anseios da sociedade.
Assim, para vencer o primeiro desafio a ANEEL dividiu o linhão de Tucuruí em lotes de construção e aceitando o financiamento da obra pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o que viabilizou o projeto e permitiu executar o cronograma acertado no edital.
No campo social, foi necessário a ação conjunta e coordenada de vário ministérios, como do Meio Ambiente, Trabalho e Emprego, Minas e Energia e Ministério da Justiça, dentre outros, para operacionalizar sua implementação. Uma vez que, por se tratar de uma área sensível como a Amazônia e seu patrimônio ambiental, era impositivo tal preocupação.
Vencida as fases iniciais do projeto e sua entrada em operação, a interligação energética com o restante do Brasil trouxe inúmeros benefícios para região, como a possibilidade a atender uma demanda, cada vez mais crescente, e acelerar o processo de universalização dos serviços de eletricidade na região amazônica.
Com isso, o empreendimento permitiu que subestações do linhão de Tucuruí, como Lechuga e Jorge Teixeira, ambas localizadas no estado do amazonas, juntamente com a hidrelétrica de Balbina, formassem o anel de alta tensão no estado, garantindo o fornecimento de energia de melhor qualidade e com maior segurança, proporcionando estabilidade da rede de energia elétrica na região.
Desta forma, o Estado do Amazonas, com sua dimensão territorial, poderá garantir energia para as cidades do interior, diminuindo o número de apagões e melhorando a qualidade de vida da população.
A entrada em operação do linhão de Tucuruí, permitiu a substituição de parte da energia gerada com a queima de combustíveis fósseis (gás e óleo) na região Amazônica por uma fonte de energia mais limpa, o que trará benefícios para as cidades, por ser uma energia de origem hidráulica, o que diminui o impacto ambiental da poluição, pois será usado menos usinas termoelétricas.
Além do fornecimento de energia, a interligação permitiu melhorar os serviços de telecomunicações, como internet banda larga e telefonia, na região Amazônica . Isto foi possível pela utilização da estrutura oferecida pelas linhas de transmissão, onde cabos de fibras ópticas puderam ser lançados juntamente com o linhão de Tucuruí, possibilitando aperfeiçoar a integração dos sistemas de telecomunicações das demais cidades do Estado do Amazonas.
É preciso lembrar que os recursos de conectividades, principalmente a internet, produzem o desenvolvimento global que reflete numa sociedade mais ligada aos fatos que acontecem no mundo, e os serviços de telecomunicações (internet banda larga e telefonia), provenientes da entrada em operação do linhão, permitiu melhorar a qualidade deste serviço e beneficiar um número cada vez maior de pessoas.
Ademais, o linhão de Tucuruí colocou o Estado do Amazonas, em particular a cidade de Manaus, em condições de oferecer energia elétrica mais barata e de melhor qualidade ao seu polo industrial, e consequentemente atrair mais empresas e indústria para a região, o que teria um reflexo imediato para a arrecadação do Estado e do Município.
Assim, a geração de energia é fundamental para o crescimento sustentável da economia e o desenvolvimento do estado, principalmente, porque aqui se encontra um dos maiores polos industriais do país, e o linhão de Tucuruí integra esta região a uma fonte de energia estável e renovável possibilitando o crescimento das indústrias, com menos poluição ao meio ambiente.
POR: Guilherme Theophilo
Carlos
A questão do abastecimento de energia elétrica de Roraima deveria ser uma prioridade nacional. A dependência do fornecimento de energia por parte da Venezuela – Linhão de Guri – é um risco para o desenvolvimento do Estado.
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