Órgãos públicos, Ong Pacto das Águas e extrativistas participaram da reunião na sede do MPF em Porto Velho.

 

O Ministério Público Federal em Rondônia (MPF/RO) realizou, no dia 1º de dezembro, reunião com representantes da Ong Pacto das Águas, Governo Estadual, Secretaria Estadual de Agricultura, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Funai, Embrapa/RO, Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), especialistas em cultivo e beneficiamento da castanha e indígenas extrativistas da região de Guajará-Mirim, com o objetivo de promover a estruturação da cadeia produtiva do Brasil e a preservação do meio ambiente de Guajará-Mirim (RO).

O procurador da República Daniel Dalberto manifestou a preocupação do MPF como avanço do desmatamento ilegal e com a falta de apoio ao desenvolvimento sustentável na região de Guajará-Mirim, que é a última grande extensão de floresta amazônica em Rondônia e tem vocação natural e histórica para o extrativismo. Ele destacou a necessidade de apoio dos órgãos governamentais, em parceria com entidades e organizações indígenas, para que haja geração de emprego e renda mantendo a floresta preservada.

Durante a reunião, o indigena André Djeoromitxi, liderança da aldeia Baía das Onças, deixou claro que os povos indígenas precisam ser reconhecidos pelo Governo e pela sociedade como protetores da natureza. Ele disse que sua comunidade já coleta castanha e que esse projeto é bem visto na sua aldeia porque precisam de apoio para revitalizar a atividade.

Houve alinhamento nos diagnósticos, objetivos e estratégias traçadas pelos presentes, como a importância da organização dos povos indígenas, da qualificação necessária para coletar, estocar e vender a castanha; programa de formação de estoque; apoio técnico para ampliar a produção; estudo da cadeia de valor da castanha no Brasil; implantação de agroindústria e inclusão da castanha na merenda escolar.

Definiu-se que será iniciada a elaboração de projetos e será feito seminário com os povos indígenas da região de Guajará-Mirim, para tratar de mapeamento de castanhais, capacitação técnica no manuseio da castanha; criação e regularização de associações; assessoria técnica, jurídica e financeira; meios de coleta e transporte, entre outros.

FONTE:  Assessoria de Comunicação
Ministério Público Federal em Rondônia