O Ministério Público Federal em Rondônia (MPF/RO) realizou, nessa segunda-feira, cerimônia para oficializar parceria com faculdades particulares do estado, o objetivo é assegurar ensino superior gratuito e de qualidade para os índios Cintas Largas. No total, 116 bolsas de ensino integrais serão fornecidas anualmente aos índios Cintas Largas que concluírem o ensino superior e que manifestarem interesse em continuar estudando.

Até agora 17 faculdades já  firmaram parceria com o MPF/RO. Dez instituições assinaram o acrodo nesta segunda-feira – Fama de Vilhena, São Lucas, Porto e Uniron de Porto Velho, Faar e Faema de Ariquemes, Unicentro de Jaru, Faculdade São Paulo de Rolim de Moura, Fap de Pimenta Bueno e Unijipa de Ji-Paraná – outras sete restantes (Faculdade Católica e Fatec de Porto Velho, Facimed de Cacoal, Uneouro de Ouro Preto do Oeste, Avec de Vilhena e Fanorte de Cacoal) devem assinar nos próximos dias.

As parcerias celebradas estabelecem responsabilidades para as faculdades, para o MPF/RO e também para os estudantes indígenas. Estes últimos deverão, por exemplo, participar de propaganda a critério das faculdades que tenham ligação com o convênio firmado e também se esforçarem para concluir os cursos iniciados. Além disso, cada índio contemplado com a bolsa deverá trabalhar, depois de formado, em prol de seu povo, por um período mínimo igual ao tempo em que desfrutou da bolsa.

A partir de 2016 o MPF/RO irá trabalhar para assegurar auxílio aos índios para que residam fora da aldeia e possam frequentar o curso superior, além de investir no fortalecimento e melhoria do ensino fundamental e, sobretudo, do ensino médio, visando prepará-los para a faculdade.

Para Reginaldo Trindade, procurador da República e responsável, no stado de Rondônia, pela defesa da comunidade tradicional, “o melhor caminho para ajudar os índios a sair da situação em que se encontram – reféns da omissão do Governo Federal e acuados pelo crime organizado – é a educação”. Ele agradeceu a parceria firmada com as faculdades. “A educação é o maior instrumento de transformação da vida de qualquer povo – indígena ou não. Assim, que essa data tão especial possa significar o divisor de águas entre um passado de indignidades e um futuro de esperança”, finalizou o procurador da República.

FONTE: MPF/RO
Assessoria de Comunicação
E-mail: [email protected]