O combate ao desmatamento e a redução das emissões de carbono foram reconhecidos como destaques da política ambiental do Brasil. Divulgado nesta quarta-feira (04/11), em Brasília, o relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reconhece que, para isso, o País duplicou as áreas protegidas e aumentou a participação de fontes renováveis de energia, o que mantém baixo o nível de carbono na economia.                    

 Os resultados decorrem do alinhamento da agenda ambiental com a econômica. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, ressaltou que a prioridade é promover mudanças estruturais nos modelos produtivos em território nacional. “Há um grande diálogo com as políticas fiscais e econômicas no País”, justificou. Segundo ela, a intenção é estimular o valor de manter a floresta em pé. “É preciso reconhecer os ativos florestais”, defendeu.

 TERRITÓRIO

 Além de recomendações, a Avaliação da OCDE do Desempenho Ambiental do Brasil mostra que, nos últimos 15 anos, o País mais do que dobrou a extensão de áreas terrestres protegidas. Em março de 2015, foram contabilizadas 1,9 mil unidades de conservação, o que correspondem a 17,2% do território brasileiro. Além disso, segundo o relatório, as áreas indígenas cobrem 13% do território nacional e ficam, em grande parte, na Região Amazônica.

 Quase dois terços da área protegida se encontram em categorias de uso sustentável. O dado representa o objetivo brasileiro de aliar a conservação da biodiversidade ao desenvolvimento de atividades econômicas sustentáveis. De acordo com Izabella, o Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) é o principal responsável pelos resultados. Classificado como o maior projeto do tipo do mundo, o Arpa começou em 2002 e já está na terceira fase.

 ENERGIA

 A participação das hidrelétricas e dos biocombustíveis na matriz energética do País foi apontada pela OCDE como ações essenciais para garantir a sustentabilidade. “A questão ambiental é uma realidade na economia brasileira”, declarou o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. “Isso é consequência do esforço de colocar o combate ao desmatamento em outras agendas do governo”, acrescentou o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría.

 Os dados colocam o Brasil em posição de liderança frente à comunidade internacional, que decidirá, em dezembro, o futuro regime climático. Nas duas primeiras semanas de dezembro, os 193 signatários da Convenção de Clima das Nações Unidas participarão da 21ª Conferência das Partes (COP 21), em Paris. O objetivo é validar um acordo global de corte de emissões capaz de limitar o aumento da temperatura da Terra a até 2°C.

 Por: Lucas Tolentino – Editor: Marco Moreira

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