Pesquisadores e ambientalistas se reunirão no dia 27 de outubro para discutir a agenda da Conferência do Clima (COP 21), marcada para início de dezembro em Paris, que buscará um novo acordo global sobre mudanças climáticas. O foco do evento, a se realizar no auditório da Procuradoria Regional da República da 3ª Região (PRR3), será como enfrentar os efeitos das mudanças climáticas no país e as perspectivas a partir da meta que o Brasil propõe para esse acordo, que substituirá o Protocolo de Kyoto em 2020.
O seminário “Clima, Água e Paz sem Fronteiras” é promovido pela PRR3, pela Defensoria Pública de São Paulo e pelo Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam). “Os acordos globais decorrentes da COP 21 serão um marco para a sobrevivência da humanidade”, afirma a procuradora regional da República Sandra Akemi Shimada Kishi, coordenadora do projeto Qualidade da Água do Ministério Público Federal (MPF). Daí, segundo ela, a necessidade de promover discussões, reflexões e análise crítica e aprofundada da proposta brasileira para o acordo global.
O Brasil registrou nas Nações Unidas sua contribuição para o acordo do clima, com a meta de reduzir em 37% as emissões de gases de efeito estufa em 2025 em relação aos níveis de 2005, alcançar 45% de energias renováveis (incluindo hidrelétrica), zerar o desmatamento ilegal em quinze anos e restaurar 12 milhões de hectares de florestas.
As discussões marcadas para o dia 27 de outubro buscarão “contextualizar tendências globais, considerar cenários futuros e apontar quais as medidas eficientes e efetivas para, de forma preventiva e corretiva, garantir a proteção do clima, da água, da biodiversidade, dos ecossistemas naturais e da sociedade”, afirmam os organizadores. De acordo com a procuradora Sandra Kishi, “será um alerta para a necessidade de mobilização de toda sociedade para questões que dizem respeito não apenas ao governo ou pesquisadores, mas a toda a população e em relação a temas da ordem do dia, como águas e financiamentos sustentáveis, todos interligados às mudanças climáticas”.
No seminário o pesquisador Paulo Roberto Martini, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, vai tratar sobre “vulnerabilidades do Brasil frente às mudanças climáticas”, e o presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu Guillo, sobre o o “mapa da vulnerabilidade hídrica do Brasil. Integrante do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), o ambientalista Carlos Bocuhy, presidente da Proam, fará exposição sobre “ciência x economia”. A procuradora Sandra Kishi tratará das “Salvaguardas para Proteção de Populações Vulneráveis”. Confira a programação completa aqui.
As inscrições poderão ser feitas a partir do dia 5 de outubro. Basta mandar um e-mail para [email protected], informando nome completo, RG e telefone para contato. São 160 vagas. A confirmação da inscrição será enviada por e-mail.
O seminário tem o apoio do Projeto Qualidade da Água da 4ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF, da Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU), da Escola da Defensoria Pública do Estado de São Paulo (Edepe), da Escola Superior do Ministério Público do Estado de São Paulo (ESMPSP), da Fundación Ecologista Verde e do Coletivo de Entidades Ambientalistas no Conselho Estadual do Meio Ambiente de São Paulo (CEAC/Consema).
Para acompanhar as mobilizações e a agenda da Cop 21, visite o site
Serviço:
Evento “Clima, Água e Paz sem fronteira” (preparatório para a COP21)
Data e hora: 27 de outubro, das 9h30 às 19h
Local: Avenida Brigadeiro Luís Antônio , 2020, térreo (próximo do Metrô Brigadeiro)
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