O Ibama participou do II Congresso Internacional de Mineração Ilegal, na Colômbia. O objetivo do encontro, realizado nos dias 21 e 22 de setembro, foi apresentar as ações que os países da região amazônica estão realizando para controlar a mineração ilegal e promover sua integração. Além do Brasil, estavam representados os governos da Colômbia, do Peru e do Equador.  

O Brasil enviou um representante do Ministério de Minas e Energia e o Coordenador-Geral de Fiscalização Ambiental do Ibama, Jair Schmitt, que apresentou o modelo de combate à mineração ilegal utilizado na Amazônia brasileira. O coordenador destacou a identificação de áreas de mineração pelo monitoramento de alterações na cobertura vegetal, realizada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e as ações de fiscalização ambiental, que ocorrem principalmente em terras indígenas e outras áreas protegidas.

Na Colômbia, a extração ilegal de ouro é um dos principais problemas. Além de causar diversos impactos ambientais, é mais lucrativa que o narcotráfico, sendo explorada pelo crime organizado e grupos paramilitares. Esse cenário vem desencadeando uma série de problemas sociais, como violência, trabalho infantil, sonegação de tributos e falta de segurança pública. Como solução, o governo colombiano vem reforçando a investigação criminal, a repressão policial e a destruição de maquinário.

Na Amazônia, a mineração ilegal causa grandes impactos. Segundo o projeto Terraclass 2012, que qualifica o uso da terra na Amazônia, cerca de 100 mil hectares de florestas foram desmatados pela mineração, dos quais mais de 6% em terras indígenas e unidades de conservação federal. “O problema é muito grave e necessita de um plano de ação que envolva os diversos órgãos governamentais para prevenir e controlar atividades ilegais”, disse Jair Schmitt.

Badaró Ferrari
Assessoria de Comunicação do Ibama