Mercado e inovação serão as ênfases do Florestar 2015. Marcado para os dias 23 e 24 deste mês, em Cuiabá, o 11º Encontro de Reflorestadores do Mato Grosso dará destaque à diversificação nos plantios florestais. Além do eucalipto, as culturas da teca e paricá farão parte deste encontro, que deve reunir cerca de 200 participantes no Teatro Cerrado Zulmira Canavarros, anexo da Assembleia Legislativa do Estado.
O presidente da Associação de Reflorestadores do Mato Grosso (Arefloresta), Fausto Takizawa, explica que o setor vive um momento de reflexão em duas frentes: a primeira com o plantio de 180 mil hectares de eucalipto voltados para o abastecimento da agroindústria, ou seja, como biomassa para gerar energia. A segunda se dá com o plantio de 65 mil hectares de teca – uma cultura promissora no Estado. A questão do eucalipto é o preço, que, para o produtor, está baixo. Já a teca necessita ter o manejo compreendido de forma mais detalhada para a obtenção de uma qualidade melhor.
Apesar dos desafios, Takizawa mostra-se confiante e acredita que o plantio de eucalipto para a geração de energia, por meio de biomassa através do cavaco, é promissor por se tratar de uma necessidade do País. “Este tipo de geração de energia deverá crescer, mas precisamos criar alternativas para suportarmos o desaforo logístico vivido no Brasil”, avalia Takizawa. Quanto à teca, o presidente da Arefloresta – que organiza o 11º Encontro de Reflorestadores do Mato Grosso – revela que a cultura tem suportado as falhas logísticas, porém, com a melhoria do sistema de escoamento da produção, deverá crescer e ocupar maior parcela no plantio de florestas nos próximos anos.
Dados da Arefloresta apontam para uma variação de preço, por metro cúbico de teca, entre US$ 200 e US$ 600. Para Fausto Takizawa, com a melhoria da técnica de manejo, este valor deverá subir. Mesmo assim, o Brasil já detém uma boa produtividade na cultura e exporta esta madeira serrada para países como China, Vietnã e Índia. “A melhoria da técnica de manejo vai permitir que tenhamos um diâmetro maior. Além disso, o mercado da movelaria com a teca no Brasil deve crescer. Temos plantios chegando à maturidade financeira, completando um ciclo de 20 anos, com bons preços, porém, estes valores poderiam ser maiores”, detalha Takizawa.
A boa notícia para os produtores de teca é que já existe um corpo de pesquisadores que vai contribuir, de forma decisiva, para o aumento da produção com uma qualidade maior. No decorrer do 11º Encontro de Reflorestadores do Mato Grosso serão discutidas novas tecnologias de manejo aplicáveis para os reflorestadores e plantios e paricá. A cultura, cujo ciclo é de sete anos, tem tido boa aceitação no mercado e já há indústrias preparadas para receber uma produção com uma área de mil hectares.
Serviço:
Inscrições para 11º Encontro de Reflorestadores do Mato Grosso no site www.arefloresta.org.br
Fonte: Painel Florestal
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